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Amazonas

BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, ganha primeira passagem superior de fauna, 47 anos depois de inaugurada

A passagem superior fornece segurança a animais silvestres, como mamíferos arborícolas, aves e répteis, e permite que eles atravessem com tranquilidade rodovias.

A passagem está instalada no km 271 da rodovia, a 12 quilômetros da Comunidade de São Sebastião do Igapó Açu (AM).

A primeira passagem superior de fauna (PSF) na BR-319, rodovia federal que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), foi inaugurada no última quinta feira (27/7), 47 depois de inaugurada. A iniciativa é resultado de uma cooperação entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), juntamente com a organização não governamental Wildlife Conservation Society.

Segundo o Dnit, a estrutura está localizada próxima à Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS do Igapó Açu, km 271 da rodovia, a 12 quilômetros da Comunidade de São Sebastião do Igapó Açu (AM). Essa iniciativa nasceu da crescente preocupação com a preservação ambiental ao longo da rodovia.

Ainda de acordo com a Autarquia, as passagens superiores de fauna, também conhecidas como passagens aéreas de fauna ou pontes ecológicas, são estruturas cuidadosamente projetadas para fornecer segurança a animais silvestres, como mamíferos arborícolas, aves e répteis, permitindo que eles atravessem com tranquilidade rodovias, ferrovias ou outras barreiras artificiais, evitando atropelamentos e riscos causados pela interação com o tráfego humano.

Além da crucial preservação da biodiversidade, a implantação de passagens aéreas de fauna traz uma série de benefícios adicionais. A redução de acidentes é um dos pontos mais destacados, garantindo significativamente a diminuição de colisões entre veículos e animais, protegendo a vida selvagem e os usuários das vias.

A implantação da primeira passagem superior de fauna na BR-319 constitui um modelo para projetos semelhantes a serem instalados em outras regiões ao longo da rodovia, garantindo a redução de impactos para a fauna silvestre ao promover a conectividade e a sobrevivência de espécies que dependem de grandes áreas de habitat para se reproduzirem, se alimentarem e migrarem.

Monitoramento

Atualmente, de acordo com a Coordenação-Geral de Meio Ambiente do Dnit (CGMAB/DNIT), a autarquia realiza o monitoramento constante das passagens de fauna instaladas em segmentos sob jurisdição do Departamento. No último ano, mais de 1,5 mil passagens foram monitoradas.

As câmeras de monitoramento ao longo das rodovias seguem protocolos fundamentais para a proteção da fauna. Por meio do registro, é possível identificar, por exemplo, quais são os animais que vivem na região, bem como os que utilizam ou evitam as passagens de fauna. Dessa forma, é mais assertivo promover outras alternativas para garantir a segurança dos usuários das vias e preservar a biodiversidade local.

Por não ter a influência direta da presença humana, a tecnologia empregada pelo Departamento amplia a capacidade do monitoramento e análise das instalações das passagens de fauna, possibilitando assim avaliar a eficiência dos dispositivos, a incidência de luz natural em seu interior, o terreno, a vegetação, entre outros – sejam elas bueiros, pontes ou passagens aéreas.

A técnica empregada no monitoramento de passagem de fauna difere entre as rodovias federais. Elas são determinadas a partir do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), durante o processo de licenciamento ambiental, e podem ser instaladas em pontes, bueiros, diferentes passagens de fauna ou em estações previamente definidas nas áreas com fragmentos de vegetação. Estão presentes em diferentes rodovias de competência do Dnit em todo o Brasil, seja durante a execução das obras ou durante a operação da via.

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