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Amazonas

Autoridade de saúde confirma 1º caso de varíola dos macacos no Amazonas

No sábado (23), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública de interesse internacional.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) confirmou o primeiro caso de monkeypox (varíola de macacos) no estado nesta quarta-feira (27/07), após a mostra de um caso suspeito, recebida no último dia 21 de julho ter sido submetida a exames realizados pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), que recebeu o material encaminhado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM).

Por protocolo nacional, uma segunda amostra foi encaminhada ao Lacen da Fundação Ezequiel Dias (Lacen/Funed), em Minas Gerais, e a FVS-RCP aguarda resultado do exame desta segunda amostra.

O paciente é um homem, residente em Manaus que, no dia 7 de julho, apresentou sintomas como febre, aumento dos linfonodos do pescoço, dor de cabeça, sensação de fraqueza e falta de energia, dor muscular e, posteriormente, erupção cutânea sugestivas de monkeypox.

Ele estava em Portugal e procurou atendimento no serviço de saúde local, recebendo medicação de acordo com as queixas e por não ter apresentado melhora, ao chegar a Manaus, compareceu à Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), onde, após avaliação de equipe médica, foi notificado como suspeita de monkeypox.

O paciente encontra-se estável, se recuperando em domicílio e em isolamento. A investigação domiciliar acerca do caso segue, pelo CIEVS Manaus, da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus.

O vírus responsável pelo novo surto da varíola dos macacos já foi registrado em mais de 70 países, e o número de casos ultrapassou a marca de 16 mil, com pelo menos cinco mortes. No Brasil, são mais de 800 casos confirmados. Os números reforçam os alertas de autoridades e especialistas para a necessidade de fortalecimento da cooperação internacional e de medidas de prevenção contra a doença.

A infecção é transmitida por fluidos corporais e, por isso, é preciso evitar o contato ou a proximidade prolongada com pessoas com suspeita de contaminação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a vacinação de quem tiver alto risco de exposição à doença, mas acrescentou que, no momento, não há indicação de aplicação em massa da vacina.

O Brasil tem 813 casos confirmados da varíola dos macacos (monkeypox), segundo dados do Ministério da Saúde. A líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a doença, Rosamund Lewis, disse que a situação no país “é muito preocupante” e que os casos podem estar subnotificados por não haver testes suficientes à disposição.

“É importante que as autoridades também tomem conhecimento da emergência de saúde pública e de interesse internacional, das recomendações e tomem as medidas adequadas”, declarou. Ela também disse que o surto pode ser interrompido com “estratégias certas nos grupos certos”. “Mas o tempo está passando e todos precisamos nos unir para que isso aconteça”, acrescentou.

No sábado (23), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a varíola dos macacos configura emergência de saúde pública de interesse internacional. “Temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional”, declarou.

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