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Amazonas

Aumenta a crise na Segurança do AM: vice-governador exonera secretário; governo diz que ato foi ilegal

Os motivos para a exoneração de Bonates são o fato dele já ter sido alvo de investigações da Polícia Federal em 2015, além do caos vivido na segurança pública do Estado com os ataques de facções no mês de junho.

Wilson Lima e Carlos Almeida caminharam juntos até maio de 2020

O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho, no em exercício do cargo de governador, exonerou o secretário de Segurança Pública do Estado, o coronel da Polícia Militar Louismar Bonates e nomeou o delegado da Polícia Civil Mário Jumbo Miranda Aufiero. Carlos assumiu interinamente o cargo durante a viagem do governador Wilson Lima (PSC) da Brasília. O governo do Estado considera que o ato foi ilegal e informou que vai manter Bonates no cargo.

A exoneração de Bonates foi publicada em edição extra do Diário Oficial eletrônico. Os motivos para a exoneração de Bonates são o fato dele já ter sido alvo de investigações da Polícia Federal em 2015, além do caos vivido na segurança pública do Estado com os ataques de facções no mês de junho.

Veja a Edição Extra do Diário Oficial.

O Governo do Amazonas informou que, na madrugada desta quinta-feira, Carlos Almeida e um funcionário comissionado da Casa Civil, “de forma ilegal, criaram um documento exonerando um secretário de Estado, sem conhecimento do chefe da Casa Civil e do governador”.

Segundo a nota do governo, o documento não chegou a ser publicado e, por isso “não tem validade e efeito”. “Mas o ato gravíssimo tem o objetivo de causar instabilidade e danos ao Governo. Diante disso, o servidor será exonerado, teve as senhas de acesso a sistema de governo canceladas e foi proibido de entrar na Casa Civil. O caso foi encaminhado à policia, que tomará todas as providências para responsabilizar os envolvidos nesse ato criminoso”.

Almeida e Lima estão rompidos desde que foram alvos de investigação da Polícia Federal por irregularidades em contratações durante a pandemia.

Em entrevista em maio, Almeida acusou Lima de ser responsável pela crise do oxigênio em Manaus e que o ex-aliado levou ao estado a política de imunidade de rebanho, tese defendida pelo presidente da República, segundo a qual a contaminação generalizada evitaria medidas ruins para economia. Lima nega a versão do vice-governador.

Ao deixar o arco de alianças do governador Wilson Lima, Carlos Almeida Filho disse que não iria permanecer no Governo do Amazonas com “pessoas de condutas suspeitas”. “Não me misturo com quem pratica o errado, e é por isso que rompi, em maio do ano passado, com o líder que deu as costas à população. Me recuso a fazer parte de uma quadrilha que só faz prejudicar o povo amazonense e o Brasil”, declarou o vice-governador em nota pública.

Almeida declarou que o Amazonas ganhou destaque negativo na imprensa internacional em razão do despreparo do governador Wilson Lima no comando da administração pública. “O Amazonas vive um caos que nos coloca nas páginas dos noticiários internacionais. Tal desastre só ocorre pela notória falta de compromisso, conhecimento e espírito público. O cenário responsável pela morte e sofrimento de milhares de amazonenses, só foi possível pelo escandaloso despreparo e conluio do governador”, acusou Carlos Almeida.

Folha de S. Paulo diz que resultados de Wilson Lima na Segurança Pública são “calamitosos”

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