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Amazonas

Associação denuncia falta de insumos para pacientes traqueostomizados no Central de Medicamentos do Amazonas

A Associação Família TQT foi fundada em dezembro de 2020 e conta com 71 mães e pais com filhos com traqueostomia.

A Associação Família TQT, grupo que reúne pais de filhos traqueostomizados no Estado, denunciou que a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) está há mais de três meses com problemas no fornecimento de materiais, insumos e de alimentação aos pacientes que passaram pelo procedimento cirúrgico que estabelece uma nova via de ventilação entre o meio externo e a traqueia.

De acordo com as mães, itens como sondas de aspiração traqueal (tamanhos 8, 10 e 12) e cânolas sem balão, considerados essenciais para o funcionamento da traqueostomia, gases, seringas e até fraldas geriátricas (tamanhos M e G) e pediátricas (tamanho G) estão em falta na Cema. Além disso, medicamentos como Lamotrigina e cremes de barreira também são alguns dos faltosos no estoque da unidade.

Para Ana Lúcia Marinho, mãe de João Carlos, 11 anos, a falta desses itens tem colocado a vida do seu filho em risco, além de comprometer a situação financeira da família.

“O meu filho faz uso de 10,15 sondas por dia, e uma sonda dessa custa em média R$ 1,50. É um custo muito alto, e aí quando a gente chega na Cema, ou não tem ou dura poucos dias, e aí bate o desespero porque as crianças dependem disso para sobreviver. Fora alimentação e outras despesas”, afirmou Lúcia.

Itens alimentícios como as fórmulas nutricionais para os traqueostomizados, também estão em falta na Cema, como é o caso da dona Ivanilde Miranda, mãe da Larissa Manoela, de apenas 7 anos. Segundo ela, as três opções receitadas pela nutricionista não vêm sendo frequentemente fornecidas pelo Governo, impactando na qualidade de vida tanto das mães quanto dos filhos.

“A nutricionista receita três tipos de alimentação, as vezes falta um, a gente pega a outra, mas tem casos que não tem nenhuma das opções. Tem mês que vem, outro mês não tem, aí complica para as nossas crianças, porque quando elas não tomam, passam mal”, denunciou a mãe.

A Associação Família TQT foi fundada em dezembro de 2020 e conta com 71 mães e pais com filhos com traqueostomia.