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Amazonas

Arthur diz Omar não deveria aceitar presidência de CPI: “tem coisas a explicar”

Arthur Neto também disse que Wilson Lima (PSC) é o “pior governador da história do Brasil”.

O ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), disse hoje, em entrevista ao programa 18horas, na Rádio Mix Manaus, que se fosse o senador Omar Aziz (PSD-AM) não teria aceitado a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado que vai investigar as responsabilidades de autoridades e mal uso de recursos públicos na pandemia.

Segundo Arthur, Omar “tem coisas a explicar” na área de saúde, fazendo referência à Operação Maus Caminhos, realizada pela Polícia Federal (PF), que encontrou desvios milionários na saúde, nos governos de Omar Aziz e José Melo.

“Foi um acordo dentro do Senado. Eu se fosse, por exemplo, o senado Omar não teria aceito isso. Porque se expõe, tem coisas a explicar neste campo, e sabemos que a saúde não enfraqueceu de repente. As sucessivas administrações desastradas foram enfraquecendo a saúde. É aquela história da operação Maus Caminhos foi terrível. 260 milhões de reais subtraídos da atenção que o estado tem a obrigação de dar para o povo. Mas ele (Omar) aceitou, que seja feliz, faça um bom trabalho, que seja isento e que seja brasileiro”, disse.

Arthur Neto também disse que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), é o “pior governador da história do Brasil”. Segundo o ex-prefeito, o problema na saúde no Amazonas começou bem antes, com os fatos revelados pela Maus Caminhos, que “foi terrível”, mas piorou bastante na gestão de Wilsom Lima que, segundo ele, não tem do que se queixar de recursos repassados pelo governo federal para o combate à pandemia.

O ex-prefeito de Manaus disse que Wilson Lima age como ‘maria-vai-com-as outras” e como “ ioiô” nas decisões sobre a pandemia. E desejou sorte ao senador Omar Aziz na condução da CPI da Pandemia. “Eu acho o Wilson o pior governador que o Brasil já produziu em toda a sua história, desde os governadores-gerais”, disse, ressaltando que o governador não tem pulso firme para adotar medidas sob pressão.

”Ele fecha, sente o aperto, aí abre, é um ioiô, é um vaivém, é um boomerang, que volta e joga contra ele mesmo. Ficava abrindo e fechando a economia, e no final, duas vezes, eu evitei que ele fizesse isso, e no final, depois lavei as mãos, não tinha como ficar insistindo. Me parece ser uma pessoa que ouve a última pessoa que o aconselha. Quer influenciá-lo? Deixa todo mundo falar e depois você fala. Aí você ganha a parada”, completou.

Omar Aziz é investigado por desvios de recursos para a área da saúde quando foi governador do Amazonas. Foi alvo da Operação Maus Caminhos, deflagrada em 2016, com uma série de desdobramentos. O objeto principal da investigação é o desvio de cerca de R$ 260 milhões de verbas públicas da saúde por meio de contratos milionários firmado com o governo do estado do Amazonas.

Uma colaboradora dos investigadores aponta que o senador recebia propina: “XXXX diz que, após o início das atividades da OS, o valor que deveria ser entregue a Omar Aziz era de 500 mil reais. Esse valor era entregue toda vez que a OS ia recebendo do Estado do Amazonas e que os valores eram entregues de forma fracionada. XXXX já realizou entrega de parte do valor destinado a Omar Aziz para funcionários do Senador.”

A defesa do senador critica o relatório da PF e questiona a competência do juiz que autorizou a operação e da própria Justiça Federal de investigar o caso, uma vez que, segundo ele, não há recursos federais envolvidos. A defesa do senador diz que o relatório da PF “é uma peça de ficção, uma obra literária. Não tem embasamento fático nenhum. Não há nenhum indício de atividade ilícita por parte do senador”.

Prefeitura

Sobre os quatro meses de gestão do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), Arthur Neto não comentou. Disse que sua missão, agora, é cuidar dos interesses do Amazonas e do País.

“Olha só, você sabe que eu sou muito avesso a ficar discutindo prefeito. Porque, eu quando era deputado, senador, ministro, líder de governo e de oposição, eu dizia que quem tem de ficar olhando e criticando prefeito é vereador. Esse é papel do vereador. Meu papel é cuidar das coisas do Amazonas junto ao Brasil, do Amazonas junto ao mundo. Eu desejo sorte sempre me dei muito bem com o nosso prefeito uma conversando com ele, eu disse: se eu puder te recomendar uma coisa, te recomendo humildade. Porque você está apenas disputando ser prefeito de Manaus. Você não é candidato a secretário-geral da ONU”, afirmou.

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