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Amazonas

Após reunião com prefeito, presidente do sindicato de rodoviários recua e suspende ameaça de greve em Manaus

Na terça-feira, Givancir Oliveira, disse que a gestão de David Almeida paga, hoje, o dobro de subsídios às empresas de ônibus do que a gestão anterior.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Manaus, Givancir Oliveira, informou, na noite desta terça-feira, 25, que suspendeu o indicativo de greve por três meses, após reunião com o prefeito David Almeida (Avante) que, segundo ele, prometeu dialogar com empresários do do sistema para estabelecer aumento de 9% na cesta básica e mais um aumento de 9%, em três meses, nos salários de motoristas e cobradores,, que reivindicavam 15%.

Segundo nota da Prefeitura, que não cita as promessas de reajuste salarial nem da cesta básica dos rodoviários, David Almeida garantiu que não haverá a paralisação no transporte coletivo, antes programada para a próxima quinta-feira. “ “Tivemos uma reunião muito boa com os representantes dos rodoviários, onde expusemos o cenário econômico pelo qual Manaus está passando. Estamos enfrentando uma pandemia, que trouxe muito sofrimento para a nossa população, além de, muito provavelmente, a maior cheia já registrada na história da nossa cidade. Assim, por meio do diálogo, garantimos que não irá ocorrer paralisação no transporte público”, disse o prefeito.

Na terça-feira, Givancir Oliveira, disse que a gestão de David Almeida paga, hoje, o dobro de subsídios às empresas de ônibus do que a gestão anterior. “O dobro! Paga o diesel, cesta básica e salário para as empresas. E as empresas alegam dificuldades financeiras para conceder reajuste para os trabalhadores. Ele tem responsabilidade porque ele paga tudo hoje”, disse Oliveira em entrevista, nesta terça-feira.

Além do reajuste salarial o presidente do Sindicato dos Rodoviários disse que a categoria reivindicava também a vacinação contra a Covid-19. “Nós fomos a categoria que mais morreu de Covid. Tivemos 120 mortes de rodoviários. A maioria gente de idade. O transporte público foi o que mais causou proliferação de coronavírus. Quando começou a pandemia teve uma redução da frota. A cidade de Manaus tinha mil ônibus, hoje só tem circulando 800 carros. E ainda reclamam porque Manaus foi vergonha nacional, porque acumulou mais gente no ônibus e propagou o vírus”, disse.

“Depois de dois anos a paciência acabou. Já tomei todas as providências. Vai ter greve, caso a Prefeitura de Manaus não chame as empresas e faça com que elas concedam o reajuste salarial imediatamente, retroativo a 2020. Nós cansamos de negociar com o Sinetram porque estamos há dois anos negociando e, são dois anos de barrigadas”, disse Oliveira, na entrevista coletiva.

“Estamos com Ticket refeição com um mês atrasado. Temos colegas que adoecem, vão pro INSS e não tem o seu direito de ser atendido porque as empresas não fazem o depósito. Como é que uma Prefeitura entrega R$ 6 milhões para as empresas e não cobra que o INSS esteja em dia? Tem empresas falidas, que só rodam porque a prefeitura banca tudo. Se a prefeitura paga R$ 26 milhões para as empresas, pagaria R$ 27 milhões para garantir nosso reajuste. E como essas empresas dizem que não tem dinheiro se toda a frota foi renovada, em plena pandemia?”, perguntou.

Depois da reunião com o prefeito, segundo a nota da Prefeitura, Oliveira salientou que a preocupação apresentada pelo prefeito David Almeida, em resolver a demanda e assegurar os direitos dos usuários do sistema de transporte coletivo, “superou a expectativa”. “O prefeito David Almeida foi bastante sensível quando expusemos as nossas reivindicações. Ele também salientou o cenário econômico que Manaus enfrenta. Então, deixamos a questão salarial para um outro momento. Quando a economia aquecer, voltaremos a conversar com a prefeitura, para ver se conseguimos algo mais. Mas, neste momento, está descartada qualquer paralisação no transporte público de Manaus”, disse..

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