Após caso no Peru, autoridades de saúde do Amazonas alertam para vacinação contra poliomielite em todo o Estado

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) e Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) emitiram uma nota técnica conjunta às secretarias unicipais de Saúde dos municípios do Amazonas para que intensifiquem a vacinação e o monitoramento epidemiológico contra a poliomielite (paralisia infantil).

A nota foi expedida após a confirmação do primeiro caso de poliomielite aguda (paralisia infantil) em 32 anos no Peru e a possibilidade da reintrodução da doença no Amazonas, devido ao baixo nível de cobertura vacinal. O documento contém orientações técnicas para fortalecer a investigação de casos de Paralisia Flácida Aguda (PFA), um sintoma sugestivo para poliomielite, uma doença considerada erradicada no Brasil desde 1989.

A cobertura vacinal contra poliomielite no Amazonas é de 76,9%, o que leva a um cenário de “muito alto risco”, segundo a nota técnica. A poliomielite pode causar paralisia permanente e levar à morte. Por isso, é fundamental que todas as crianças sejam vacinadas e que os casos suspeitos sejam investigados com rapidez e eficiência, de acordo com as autoridades.

A nota técnica diz que a imunização deve ser intensificada em todo o estado, com o objetivo de alcançar a meta de 95% de cobertura vacinal.

Na quarta-feira (22), o Ministério da Saúde do Peru confirmou o caso de poliomielite no país, que também havia erradicado a doença há 32 anos. A vítima é uma criança indígena de um ano de idade, da região de Loreto, em Iquitos, no norte do país. A cidade de Iquitos fica a 371 quilômetros da fronteira do Brasil, em Tabatinga, no Amazonas, onde a cobertura vacinal contra a poliomielite é de 27,82%.

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