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Amazonas

‘Amazônia é como a bolsa de valores: dependendo do sinal do governo, os crimes ambientais aumentam’, diz procurador

Para o procurador Daniel Azeredo, do Ministério Público Federal (MPF), o discurso do governo Jair Bolsonaro em relação ao desmatamento da Amazônia tem incentivado a destruição da floresta.

“A Amazônia funciona como uma espécie de bolsa de valores. Se o governo sinaliza que é contra uma postura mais forte de fiscalização, critica os órgãos ambientais, não nomeia pessoas técnicas para cargos de chefia, isso passa uma mensagem muito forte para a região. E os crimes ambientais aumentam em seguida”, disse o procurador, em entrevista à BBC News Brasil.

Azeredo é membro da Força-Tarefa Amazônia e um dos idealizadores do projeto Amazônia Protege, que utiliza imagens de satélites para processar suspeitos de desmatamento na região. Ele também faz parte do grupo de 12 procuradores do MPF que pediu o afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por improbidade administrativa.

Criado há exatos três anos, o projeto Amazônia Protege utiliza imagens de satélite e cruzamento de dados públicos para instaurar ações civis públicas contra os responsáveis pelos desmatamentos ilegais com mais de 60 hectares registrados pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes/Inpe).

Ao todo, mais de 3.500 processos contra foram abertos a partir desses dados nos últimos três anos, embora o procurador reconheça as dificuldades para identificar os criminosos, além da demora em obter condenações definitivas diante da lentidão da Justiça brasileira.

Na entrevista à BBC, Azeredo falou sobre o perfil do desmatador da Amazônia, dificuldades para seguir com as investigações, garimpo em áreas indígenas e a atuação do ministro Ricardo Salles.

Veja a entrevista no site da BBC.

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