Amazonas: UEA gasta mais e volta a piorar no Ranking Universitário Folha

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) voltou a ficar nos piores lugares, acima da centésima colocação, no Ranking Universitário Folha (RUF), em 2017 e em 2018, depois de chegar ao 77° lugar, em 2014 e a ser a 91° colocada, em 2016, mesmo com aumento orçamentário. O resultado do último RUF foi publicado no ano passado, quando a Universidade de São Paulo (USP) conquistou novamente o primeiro lugar, após ter perdido a liderança nacional do ensino superior para a Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ) nas duas edições anteriores. Nesta sétima edição da avaliação das 196 universidades brasileiras realizada pela Folha, a federal do Rio ficou em segundo lugar na lista.

Em 2012, quando o RUF foi lançado, a UEA teve orçamento autorizado de R$ 282.695.492,29 e ficou em 106°. Em 2013, com orçamento de R$ 307.147.291,90, ficou em 101°. Em 2014, teve orçamento de R$ 332.153.586,48 e ficou em 77°. Em 2015, o orçamento foi de R$ 380.394.458,05 e a UEA ficou em 109°. Em 2016 ficou em 91°, com orçamento de R$ 429.403.007,50. Em 2017, caiu para o 107° lugar, com orçamento de R$ 351.765.364,77 e ficou em 101°, no ano passado, com orçamento de R$ 444.173.649,13.
Os números dos orçamentos autorizados são do Portal da Transparência do governo do Amazonas. Desde 2012, até a última semana, a UEA já custou mais de R$ 2,3 bilhões ao contribuinte do Amazonas (R$ 2.338.946.603,73). Para 2019, o orçamento autorizado da instituição é de R$ 459.087.424,37.

O RUF (é uma avaliação anual do ensino superior do Brasil feita pela Folha desde 2012. Há dois produtos principais: o ranking de universidades e os rankings de cursos. No ranking de universidades estão classificadas as 196 universidades brasileiras, públicas e privadas, a partir de cinco indicadores: pesquisa, internacionalização, inovação, ensino e mercado.

No ranking de cursos é possível encontrar a avaliação de cada um dos 40 cursos de graduação com mais ingressantes no Brasil de acordo com o último Censo da Educação Superior disponível, como administração, direito e medicina, a partir de dois indicadores: ensino e mercado. Nos rankings de cursos são avaliadas universidades, centros universitários e faculdades.

Os dados que compõem os indicadores de avaliação do RUF são coletados pela Folhanas bases do Censo da Educação Superior Superior do Inep-MEC, Enade, SciELO, Web of Science, Inpi, Capes, CNPq, fundações estaduais de fomento à ciência e em duas pesquisas anuais feitas pelo Datafolha.

No ano passado, a metodologia passou por aperfeiçoamentos. Uma das novidades é que o indicador de inovação, com peso de 4% na nota final, passou a contabilizar, além das patentes solicitadas pelas instituições de ensino, a quantidade de estudos acadêmicos publicados pelas universidades em parceria com o setor produtivo.

O RUF de 2018 também ampliou de 2 anos para 5 anos (2011-2015) o recorte temporal da coleta dos dados relativos à produção científica das escolas do país. Outra mudança metodológica diz respeito ao valor dado à nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) na fórmula do RUF. Esse componente passou a valer quatro pontos – o dobro do que valia na edição anterior do ranking.

A nota total recebida pelas universidades é calculada a partir de cinco indicadores que somam cem pontos: qualidade do ensino, percepção do mercado de trabalho, inovação, pesquisa acadêmica e internacionalização.

Veja as notas da UEA no ranking, ano a ano.

http://ruf.folha.uol.com.br/2017/perfil/universidade-do-estado-do-amazonas-uea-3172.shtml

http://ruf.folha.uol.com.br/2016/perfil/universidade-do-estado-do-amazonas-uea-3172.shtml

http://ruf.folha.uol.com.br/2015/perfil/universidade-do-estado-do-amazonas-uea-3172.shtml

http://ruf.folha.uol.com.br/2014/perfil/universidade-do-estado-do-amazonas-uea-112298.shtml

http://ruf.folha.uol.com.br/2013/perfil/universidade-do-estado-do-amazonas-uea-31921.shtml

http://ruf.folha.uol.com.br/2012/rankings/universidades/universidade-do-estado-do-amazonas-8501.shtml