Amazonas: homicídios mais que dobraram no Estado entre 2007 e 2017

De 2007 a 2017, os homicídios no Amazonas só cresceram. Os números mostram que as políticas públicas dos governos, neste período, não tiveram o efeito desejado: diminuir a violência. É o que mostra o Atlas da Violência, do Ipea, divulgado hoje.

Há uma década atrás o Amazonas apresentava uma taxa de homicídios inferior à média nacional. O índice de homicídios praticamente dobrou no Estado, nos últimos 10 anos, segundo o Atlas.

A maioria das mortes acontece na Região Metropolitana de Manaus e se espalhou para cidades do interior. A posição geográfica do Estado, que faz fronteira com Peru, Colômbia e Venezuela – é importante para a logística do narcotráfico, disputado por facções criminosas que protagonizaram matanças nos presídios de Manaus em 2017 e este ano.

Mulheres

O número de homicídio de mulheres no Amazonas cresceu 121,2 por cento entre 2007 e 2017. Ou seja, mais do que duplicou. Foram 52 homicídios de mulheres em 2007 e 115 em 2017. A taxa de homicídios de mulheres, por 100 mil habitantes, no amazonas, em dez anos, cresceu 87,1 por cento. Esse número é mais de seis vezes maior do que o crescimento da taxa de homicídios gerais do Estado.

Taxa

Entre 2016 e 2017, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Estado cresceu 13,5%.

Em 2017, foram 1.674 homicídios no estado. Em 2007, foram menos da metade, 715.

A taxa de homicídios de jovens, por grupo de 100 mil, no Amazonas, em 2017, ficou acima da média nacional. Cresceu 121,3% entre 2016 e 2017, o quarto maior crescimento do país.

No amazonas, a maioria das vítimas são negros e jovens de 15 a 29 anos.

Segundo o Atlas da Violência, o brasil teve 65 mil e 600 assassinatos em 2017.

Veja o Atlas.

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