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Amazonas

Amazonas é o segundo estado em número de mortes por raios, aponta estudo no Inpe

Atualmente, o Pará lidera com 88 mortes, seguido pelo Amazonas, que acumula 77, em 2022.

A cada 50 mortes no mundo por raios, uma ocorre no Brasil, é o que aponta o estudo divulgado, no início deste mês, pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Inpe. Com cerca de 78 milhões descargas por ano, o país é o campeão na incidência de raios e em 2023 já registrou 59 fatalidades. Na última década, 835 pessoas perderam a vida por raios no país. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com o levantamento, o número de mortes por raios nos estados brasileiros tem uma relação inversa ao Produto Interno Bruto (PIB). Em outras palavras, os estados com menor PIB tendem a apresentar um maior número de óbitos por raios. Atualmente, o Pará lidera com 88 mortes, seguido pelo Amazonas, que acumula 77, em 2022.

Em relação à América Latina, o Brasil só fica atrás do México no número de mortes por raios. O índice de fatalidades brasileiro tem cerca do dobro do registrado na República Democrática do Congo, e o triplo dos Estados Unidos, os dois países com mais raios após o Brasil. Tal qual o país africano, o Brasil recebe muitas descargas elétricas devido à sua posição geográfica e ao clima tropical.

Os óbitos ocorrem principalmente na primavera, verão e no outono. A maior parte deles (80%) tem como foco áreas abertas do meio rural, e pessoas que usam eletroeletrônicos conectados à tomada no momento das tempestades.
Ao longo da última década, houve uma queda no número de mortes por raios. Segundo o Inpe, o índice de óbitos ainda é consideravelmente alto em comparação com outros países.

Em entrevista ao jornal O Globo, o coordenador do ELAT, Osmar Pinto Junior afirmou que a melhor maneira de se proteger das descargas elétricas é evitar áreas abertas durante tempestades e não utilizar aparelhos conectados à tomada.

— Se você está ao ar livre e perceber a aproximação de uma tempestade, você deve buscar abrigo imediatamente dentro de um carro fechado ou de uma residência. Motos também são muito perigosas porque são abertas, muita gente pensa que está seguro por causa dos pneus de borracha, mas não. Dentro de casa, não fique encostado na geladeira e não tome banho em chuveiro elétrico durante as tempestades. A maior parte das mortes dentro de casa ocorre porque as pessoas usam celulares conectados à rede elétrica — contou Osmar.

Nos últimos dez anos, houve 266 casos de hospitalização no Brasil devido a raios, constituindo cerca de 32% do total de óbitos ocasionados por descargas elétricas. Esse índice tem apresentado crescimento. São Paulo está no topo da lista, com 48 hospitalizações, enquanto Tocantins registrou o menor número de casos, com apenas sete hospitalizações nesse período.

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