As lideranças sindicais do funcionalismo público do Estado do Amazonas marcaram para o próximo sábado (20), uma “mega assembleia” unificada em frente a Arena Amadeu Teixeira, na Zona Centro-sul de Manaus e pretendem fechar a Avenida Constantino Nery em protesto contra a lei do governador Wilson Lima (PSC) que suspende os reajustes salariais e promoções até 2021. Eles anunciaram que vão reunir todas as categorias do funcionalismo público para decidir sobre uma greve geral contra o que chamaram de “ pacote de maldades” do governador.

Entrevista coletiva: a mobilização para assembleia será feita com 24 sindicatos e associações
O anúncio da assembleia unificada foi neste sábado durante uma entrevista coletiva na sede da Associação dos Procuradores do Estado do Amazonas (Apeam). Segundo os sindicalistas durante a semana, representantes das categorias vão tentar dialogar com o governo para fazer com que desista das medidas que prejudicam os servidores. Caso contrário, afirmaram, no próximo sábado, as categorias vão decidir por uma greve geral.
A mobilização para assembleia será feita com 24 sindicatos e associações, incluindo as entidades representantes dos trabalhadores da saúde e da educação, dos médicos, enfermeiros, peritos e policiais civis e militares, envolvendo mais de 100 mil servidores de todo o Estado.
De acordo com o presidente da mesa na entrevista, o presidente da Associação dos Praças da Policia Militar do Estado (Apeam), Gerson Feitosa, a paralisação ja existe em todo o Estado. “Nós trabalhamos com equipamentos de segurança vencidos. Na saúde, temos milhares de servidores com salários atrasados. Na verdade, a saúde, a educação e a segurança publica já estão paradas, funcionando nas costas do servidor que não aguenta mais”, afirmou.
O presidente licenciado do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mário Viana, voltou a denunciar atraso nos pagamentos das empresas médicas e anunciou que a partir do dia 30 deste mês iniciam a paralisação das atividades de forma gradual até à suspensão total dos atendimentos. “Nós não temos outra alternativa. Afinal, esse governo, desde que iniciou o seu mandato, traz mentiras, não cumpriu com nada e, de forma maldosa, vem descumprindo acordos já feitos legitimamente nas mesas de negociações do Estado” afirmou.