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Amazonas

AM: relatório do CRM diz que falta até sabão para lavar as mãos no Hospital Nilton Lins

Relatório do CRM assinado pelo conselheiro Ricardo Goés figueiras, concluiu que “não há estrutura e material adequando para tratamento de pacientes portadores de Covid-19 no Hospital Nilton Lins”.

Relatório do Conselho Regional de Medicina (CRM), do último dia 18 de abril, assinado pelo conselheiro Ricardo Goés figueiras, concluiu que “não há estrutura e material adequando para tratamento de pacientes portadores de Covid-19 no Hospital Nilton Lins, alugado pelo governo do Amazonas e anunciado como uma unidade de retaguarda para os infectados com o coronavírus no Estado.

O Relatorio conclui que há falta de conexões dos ventiladores, central de esterilização, equipamento de aspiração e sistema de vácuo e e sistema fechado de manejo de via aérea em toda a estrutura, equipamentos de proteção individual (EPIs) em número insuficiente para o número de leitos e profissionais; não há material pra lavagem das mãos (sabão); e diz que o respirador Stellar 150 da Resmed está incompleto, sem filtro antibacteriano e válvula de fuga e que “segundo manual do fabricante não é adequado para uso de suporte a vida e está contraindicado em pacientes que não possam suportar mais do que breves interrupções na ventilação”.

Imagens anexadas ao relatório do CRM sobre a inspeção no Hospital Nilton Lins, inaugurado pelo governador Wilson Lima. (Reprodução)

O relatório de visita técnica, feito na tarde do último sábado, diz que, diferente do que anunciou o governo do Estado, a unidade só tem 3 salas de ambulatório, 4 leitos na sala vermelha de urgência, com um respirador funcionando, 4 monitores e um carrinho de parada (cardíaca), com medicação incompleta.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), informou que o custo operacional do Hospital Nilton Lins, somando o aluguel e outras despesas de custeio como lavanderia vai custar R$ 8 milhões mensais ao Estado. O Estado vai pagar 2,6 milhões por três meses de aluguel da estrutura, que abrigava o antigo Hospital da Unimed Manaus, com custo mensal de 866 mil.

Wilson Lima, inaugurou na manhã deste sábado o hospital Nilton Lins, para reforçar a rede de atendimento para casos de Covid-19, em Manaus. O governo informou que a nova unidade passa ria a funcionar com 32 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 100 leitos clínicos.

De acordo com a inspeção do CRM, o hospital tem 3 salas de observação, com 13 leitos, sem monitores ou oxímetro. A enfermaria tem 61 leitos, E só há 16 leitos de UTI com “nenhum funcionando”. E o centro cirúrgico está fechado, sem planejamento de utilização.

O relatório destaca, em letras maiúsculas, que a na rede de gases medicinais, há “apenas oxigênio sem conexões ou umidificado”e “não há equipamentos para aspiração ou vácuo do sistema funcionando”.

Também diz que a central de esterilização está em obras e ainda não funciona. E que a farmácia tinha 60 comprimidos de cloroquina, 150 unidades de azitromicina, 50 máscaras N95, 1 mil máscaras cirúrgias, e poucas unidades de proteção ocular. A radiografia e a ressonância nuclear magnética não estava funcionando.

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