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Amazonas

AM: presidente do ICEA faz alerta para risco de mortes nas unidades de saúde e diz que governador “mente”

Mesmo sem receber os pagamentos do governo, os profissionais estão realizando as cirurgias eletivas e o atendimento de urgência e emergência, disse o presidente do Instituto.

O presidente do Instituto de Cirurgiões do Estado do Amazonas (ICEA) José Francisco dos Santos, afirmou que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), está mentindo sobre o Estado manter em dia o pagamento dos médicos cirurgiões. A declaração foi dada em entrevista ao programa 18HORAS, da RÁDIO MIX 100,7 FM, de Manaus, na noite da última quarta-feira.

De acordo com o cirurgião, o governo do Amazonas não está cumprindo o que foi acordado com as empresas médicas prestadoras de serviços especializados. “Ele não faz o pagamento corrente do ano atual nem das duas dívidas referentes a outubro e novembro de 2018. O último pagamento deste ano foi em maio”, disse. Conforme José Francisco, o governo do Amazonas tem uma dívida de R$ 17 milhões só com o ICEA.

Mesmo sem receber os pagamentos do governo, os profissionais estão realizando as cirurgias eletivas e o atendimento de urgência e emergência, disse o presidente do Instituto. “Não poderíamos interromper por conta da incapacidade do governo. Vidas seriam ceifadas”, declarou.

José Francisco ressaltou que o acordo para os pagamentos que não estão sendo honrados foi proposto pelo próprio governo e não pelas empresas. E alertou que as mortes em hospitais de Manaus vão aumentar e, na opinião dele, a culpa não é dos profissionais, mas do governo que não traz solução aos problemas.

“Estamos apelando para o governo que resolva. A população está correndo risco. Nunca chegamos a uma situação como essa. A dívida é do Estado e não de qualquer governador”, alertou.

Riscos

De acordo com José Francisco, pelo menos 16 crianças estão na chamada “fila da morte” aguardando por cirurgia no Hospital Francisca Mendes, e o principal impedimento para a realização das cirurgias é a falta de cateter. “O risco de morte é real. Não podemos ser responsabilizados. Os pacientes vão morrer, apesar do médico. Não temos insumos para fazer o trabalho”, denunciou.

O Instituto vai realizar uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, na sede do Conselho Regional de Medicina (CRM), no bairro Flores, para detalhar informações sobre a situação da saúde no Amazonas. E starão presentes médicos, empresas de enfermagem, técnicos e auxiliares de enfermagem, para falar sobre a falta de insumos, condições de trabalho e atrasos de pagamentos o que pode resultar, segundo o ICEA, em mortes de adultos e crianças devido ao caos que se instalou na saúde, e ainda a possível suspensão de determinados serviços prestados pelas categoria, com a decisão de alguns profissionais que estão manifestando interesse em deixar o Amazonas.

Veja o programa e a entrevista:

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