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Amazonas

AM: imagens mostram situação precária no Pronto-Socorro João Lúcio, em Manaus

A unidade é vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e integra a rede estadual de urgência e emergência, sendo a unidade de referencia no atendimento de neurocirurgia e politrauma no Amazonas.

O Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio Pereira Machado, que tem 21 anos de funcionamento em Manaus e, este ano, já custou mais de R$ 30 milhões ao contribuinte, de acordo com o Portal da Transparência do Estado, está funcionando de forma precária, de acordo com imagens enviadas esta semana ao 18horas.com.br. A unidade é vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e integra a rede estadual de urgência e emergência, sendo a unidade de referencia no atendimento de neurocirurgia e politrauma no Amazonas.

Entre os principais pacientes da unidade estão as vítimas de acidentes de trânsito e de acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame.

Este ano, em agosto, uma inspeção do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) constatou pacientes morrendo ou ficando com incapacidade numa lista da “morte”, por falta de remédios para tratar “derrame cerebral” e superlotação. Em julho, a unidade teve apenas 20% de abastecimento, entre medicamentos e insumos. No setor interno de regulação, havia pacientes aguardando desde junho para realizar algum tipo de procedimento.

A presidente em exercício do Simeam, Patrícia Sicchar percorreu as instalações da unidade e identificou os corredores lotados com pacientes da capital, interior, região metropolitana, de estados vizinhos e até estrangeiros. Dentro do politrauma uma área que deveria ter somente entre 7 a 8 leitos separados por divisórias, estava ocupado por 24 pacientes, entre homens e mulheres, juntos, no mesmo espaço. Enquanto alguns poucos leitos contam com colchões deteriorados, sendo impróprios para o uso, e outros pacientes são alojados em macas de ferro.

Na unidade de UTI Semi-Intensiva, a inspeção encontrou seis leitos sem os aparelhos necessários para o atendimento aos pacientes. A enfermeira que atendia na reanimação era a mesma responsável por todas as 46 macas.

“Pessoas estão morrendo, são meses de espera por um exame, uma transferência para especialidades, embolização uma vaga por semana, para fazer a angioplastia são três vagas por semana, algo inadmissível para uma demanda de 4 milhões de habitantes”, avaliou, à época, Patrícia Sicchar.

Vendo essas imagens a gente se questiona como as autoridades de saúde não fiscalizam essa situação degrandante dos hospitais de Manaus. É preciso uma fiscalização rigorosa pra acabar com essa humilhação a que os pacientes estão sendo submetidos. Não é porque é público que pode tudo. O cidadão merece ser atendido com dignidade e respeito.

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