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Amazonas

Empresas médicas do Amazonas denunciam administração pública por avanço descontrolado do Covid-19

O Conselho Regional de Enfermagem comunicou, nesta quinta-feira, com profundo pesar, a morte da técnica de enfermagem Sofia Pinheiro da Silva, primeira profissional de enfermagem  vítima fatal de Covid-19 no Amazonas.

Empresas médicas de Manaus denunciaram, nesta quinta-feira, que “os números e estatísticas que vemos sobre o avanço descontrolado da pandemia de Covid-19 em nosso Estado falam por si mesmos e são reflexo direto de ações pouco coordenadas e inefetivas dos setores técnicos da administração (pública), que insistem em não dar atenção devida aos profissionais que trabalham na ponta e estão vivenciando a problemática no dia a dia”.

Em uma Nota de Esclarecimento à População, mais de dez empresas médicas, entre elas o Instituto de Cirugia do Estado do Amazonas (Icea), o Instituto de Ginecologia e Obstetrícia (Igoam), e o Anestesiologistas Associados, denunciam que o número de médicos, enfermeiros, técnicos e demais equipes de saúde afastados e notificados como casos suspeitos não para de crescer.

A Nota diz que “pacientes, trabalhadores da saúde e seus familiares estão irmanados neste momento, aguardando medidas concretas emergenciais para evitar que o Amazonas vivencie a maior tragédia relacionada à falta de ação contra a Pandemia Covid-19 entre todos os estados da Federação!”.

Segundo as empresas, o hospital de referência para os casos de Covid-19 continua funcionando com menos da metade de sua capacidade de leitos, e não oferece suporte necessário para rede pública;os prontos socorros e Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) seguem cada vez mais superlotados, “lutando incansavelmente para atender os casos habituais de infartos, derrames, traumas e outros, sucumbindo à demanda que não para de crescer dos pacientes suspeitos/confirmados de Covid-19”.

Ainda de acordo com as empresas, o esforço acontece mesmo sem espaço, sem suporte de recursos humanos adicionais ou reforço dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), tentando isolar os fluxos para proteger os doentes já debilitados. “Porém sem o devido suporte da Administração Pública, mais e mais pessoas estão morrendo antes mesmo de conseguirem vaga nos Prontos Socorros, em especial pacientes do interior do Estado”, afirmam.

A Nota diz, também que “cumpre ressaltar que as dificuldades administrativas continuam as mesmas, sustentando as mesmas práticas que se tornaram rotina lamentavelmente, de escassez nos insumos e medicamentos essenciais, falta de organização da rede para evacuar os doentes crônicos dos prontos socorros, além do atraso e imprevisibilidade no pagamento aos profissionais da saúde que estão arriscando suas vidas, e de seus familiares pelo risco de contaminação”.

O Amazonas tem, pelo menos, 46 profissionais de saúde contaminados pelo novo coronavírus, segundo o último balanço divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), nesta quinta-feira (9).  O Conselho Regional de Enfermagem do Amazonas (Coren-AM) comunicou, nesta quinta-feira, com profundo pesar, a morte da técnica de enfermagem Sofia Pinheiro da Silva, primeira profissional de enfermagem  vítima fatal de Covid-19. Sofia trabalhava no Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, há 20 anos.

Assinam a Nota as seguintes empresas:

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