Brasil
Lojas físicas nas regiões Norte e Nordeste têm queda no fluxo de visitação e aumento de vendas, aponta pesquisa
Os dados são da pesquisa IPV (Índices de Performance do Varejo), organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
O fluxo de visitantes em lojas físicas subiu 3% em junho de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. As regiões Norte (-4%) e Nordeste (-1%) observaram queda. Já as demais regiões tiveram crescimento, com destaque para Centro-Oeste (10%), seguido por Sudeste (4%); enquanto a região Sul aproximou-se da estabilidade (0,1%).
Os dados são da pesquisa IPV (Índices de Performance do Varejo), organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
Em relação ao volume de vendas, o movimento de alta (9%) para o Brasil foi territorialmente generalizado. O destaque positivo foi o Nordeste (13%), seguido pelo Sul (8%) e Norte (8%). Sobre o faturamento nominal, a maior alta também foi no Nordeste (20%), seguido pelo Sul (16%).
Os lojistas de rua contaram com alta de 11%, enquanto unidades de shopping tiveram resultado mais tímido, com crescimento de 2%. Já pela visão do faturamento, houve salto de 15% para lojas físicas, 20% em unidades de rua e 5% nas situadas em shoppings.
Isso refletiu no ticket médio nominal, com crescimento de 6% para lojas físicas em âmbito nacional, sendo 6% nas lojas físicas de rua e 1% nas lojas de shoppings.
Na margem geral, o descolamento no fluxo de visitação entre os tipos de lojistas, visto no relatório de maio, se mantém, explicando a diferença no crescimento anual.
O número de boletos contou com alta de 9% para lojas físicas, frente a junho de 2022. A alta para lojas de rua foi de 13%, enquanto lojistas de shopping verificaram elevação de 3%, após retração no relatório anterior, na mesma base de comparação.
Entre os segmentos, o destaque no fluxo de visitas vai para o de “artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, com crescimento de 26%. No sentido oposto, o fluxo de visitação contou com queda de 30% no setor de “livros, jornais, revistas e papelaria”.
Para o fluxo de visitação em lojas físicas, a semana encerrada no Dia dos Namorados de 2023 teve forte impulso frente à semana anterior, com crescimento de 31% na margem.
Entre os tipos de lojistas, a alta foi puxada pelas lojas situadas em shoppings, com expansão de 32%, na mesma base de comparação; enquanto que os lojistas de rua contaram com crescimento de 18%. O resultado foi maior que o visto em 2019, para os lojistas de shopping, no mesmo cenário de análise.
No ano pré-pandemia, a alta do grupo foi de 26% contra semana anterior; enquanto que lojistas de rua tiveram desempenho mais forte que em 2023, com resultado de 28%.
Já na comparação anual, o crescimento no fluxo do varejo foi disseminado. Shoppings contaram com crescimento de 12% e lojas físicas de 10%. Dentro deste último grupo, os lojistas de shopping ganham destaque (13%) frente aos lojistas de rua (8%).
“Os números das pesquisas ao longo dos últimos meses revelam a volta do setor aos patamares antes do coronavírus. Isso se reflete também nos gastos do consumidor, já que as três variáveis apontam para um cenário do varejo mais aquecido este ano, em relação a 2022, apesar de um crescimento menos intenso que o visto em janeiro”, explica o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira.
Os dados são provenientes das empresas FX Data Intelligence, plataforma de monitoramento da jornada do consumidor e do desempenho da operação no varejo físico e F360°, plataforma de gestão financeira para pequenos e médios varejistas, ambas investidas da HiPartners.
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