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Manaus

Cura Amazônia: Festival de arte de Belo Horizonte ganha edição especial em Manaus

O objetivo é reverenciar a ancestralidade do território a partir de sua força natural e milenar

O Circuito Urbano de Arte (Cura), que colore as ruas e os prédios de Belo Horizonte, vai levar suas instalações para fora da capital mineira pela primeira vez. Quem recebe a oitava edição de um dos maiores festivais de arte urbana do país é o Largo São Sebastião, em Manaus, capital do Amazonas.

Nas três últimas edições, o circuito contou com obras de artistas da região na avenida Amazonas, em BH. E agora, de 2 a 12 de agosto, o CURA Amazônia buscará se conectar ainda mais com o estado, levando murais cheios de cores às laterais de dois edifícios do espaço cultural.

Ao colocar em diálogo a história da arte, a arquitetura, o turismo, o patrimônio, os artistas e a cena da arte urbana e pública, o CURA procura ir além dos dias do festival, transformando tanto a paisagem urbana quanto a própria cidade.
Segundo a organização do festival, o objetivo é reverenciar a ancestralidade do território a partir de sua força natural e milenar. Com as instalações, o espaço público se transforma em um museu aberto e vivo, gratuito e democrático.

O Largo São Sebastião, complexo turístico escolhido para receber a oitava edição do Circuito de Arte Urbana, é composto por museus, casarões antigos e bares, além de abrigar o Teatro Amazonas, a Igreja de São Sebastião, a Praça de São Sebastião e a Galeria do Lago.
Artistas

Os artistas selecionados para participar do CURA Amazônia são Denilson Baniwa, do Amazonas, e Olinda Silvano, do Peru.
Denilson, anfitrião da edição, é estabelecido na cena internacional de arte e reconhecido por seu trabalho enquanto artista, curador e articulador de cultura digital. Nascido em uma comunidade do povo Baniwa, no município de Barcelos, morou por 10 anos em Manaus.

Lá, estudou ciências da computação na Universidade do Estado do Amazonas. Como artista, já expôs seus trabalhos em espaços como o CCBB, a Pinacoteca de São Paulo, o MASP (Museu de Arte de São Paulo), o Museu Afro Brasil, e mais, além de países como França, Canadá, Estados Unidos e outros.

Olinda, peruana de 55 anos, é uma tecelã e muralista amazônica. Ela é uma das lideranças do povo Shipibo e através da arte Kené, busca preservar o saber ancestral da comunidade de Cantagallo, em Lima.

Os dois têm uma conexão cultural com o rio Amazonas, que é o conceito central da oitava edição do CURA. Além deles, o festival contará também com a instalação urbana “Entidades”, criada por Jaider Esbell para o CURA 2021, antes de seu falecimento.
Programação

A programação do CURA Amazônia foi desenvolvida em parceria com as criadoras do Graffiti Queens, um festival de graffiti feminino local. Elas sugeriram DJs, musicistas e palestrantes que vão compor as quatro mesas de conversa da iniciativa.

A programação no Mirante do Largo São Sebastião acontecerá nos dias 11 e 12 de agosto de 2023, das 15h às 22h.

No primeiro dia, o espaço sinalizado como C será palco de DJs, exposições de artistas manauaras e uma roda de conversa.

No segundo dia, o espaço C terá DJs, espaço de contemplação e outra roda de conversa/oficina/aulão.

Já o último dia será marcado pela festa de encerramento, com uma programação no espaço sinalizado como A, B e C, das 9h às 22h, incluindo feira, DJs, shows, roda de conversa, oficina, aulão e performances artísticas.

As informações são do Portal BHAZ.


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