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Planalto tem segurança reforçada um dia antes de Bolsonaro voltar ao Brasil

Palácio do Planalto e Congresso amanhecem com grades e reforço policial um dia antes de retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro a Brasília.

Segurança reforçada. (Foto: Raphael Veleda/Metrópoles)

A aproximação da volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil mobilizou a segurança pública em Brasília, cidade que foi alvo de atos de depredação provocados por bolsonaristas em 12 de dezembro do ano passado e em 8 de janeiro deste ano. Nesta quarta-feira (29/3), véspera da chegada do ex-presidente à capital, o esquema de segurança na Praça dos Três Poderes foi reforçado com grades e policiamento.

No Palácio do Planalto, o estacionamento público foi fechado com grades e o acesso de servidores e visitantes é controlado. Viaturas da Polícia Militar do DF estão paradas em frente ao prédio, assim como militares do Exército equipados com escudos.

A PM também enviou equipes ao Congresso Nacional, que já conta com policiais legislativos e uma barreira de grades. Na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) também há a presença da PM e grades.

Segurança reforçada no aeroporto

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, informou que a Polícia Federal prepara um esquema de segurança reforçada no Aeroporto de Brasília, onde Bolsonaro deverá desembarcar na manhã desta quinta (30/3) e é esperada a presença de apoiadores dele. Dino falou sobre os planos em audiência na Câmara dos Deputados, na terça.

Na ocasião, o chefe da segurança pública foi questionado pelo deputado de oposição Carlos Jordy (PL-RJ) sobre a possibilidade de novos atos de vandalismo na chegada de Bolsonaro e quais medidas de prevenção seriam tomadas. O parlamentar sugeriu que a PF cuidasse do aeroporto e das imediações.

De acordo com o ministro, os governos federal e do DF estão se coordenando para dividir as responsabilidades. O objetivo é impedir falhas como as que possibilitaram a invasão das sedes dos Três Poderes em janeiro. “A Policia Federal vai cumprir a Constituição e a lei. Quem faz policiamento fora do aeroporto é a PM do DF, está na Constituição”, afirmou Dino. “No aeroporto, sim, nós faremos [a segurança]”, garantiu o ministro.

De acordo com a coluna Na Mira, do Metrópoles, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP), a Polícia Federal (PF), a Inframérica e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República temem que o desembarque de Bolsonaro seja marcado por tumulto e provoque um “nó” na malha aeroviária de todo o país.

A preocupação é tentar evitar que uma possível grande quantidade de apoiadores do ex-presidente no terminal atrapalhe a logística de pousos e decolagens em Brasília, o que pode se transformar em efeito cascata e se refletir em aeroportos de todo o território nacional.

“A chegada está prevista para 7h, justamente o horário de pico no aeroporto”, explicou uma fonte.

Risco de conflito com a PF

Segundo a coluna de Igor Gadelha, também no Metrópoles, aliados de Bolsonaro preveem conflito entre o ex-mandatário e integrantes da Polícia Federal logo no desembarque do ex-presidente.

Em reunião na terça (28/3), informa Gadelha, delegados da PF e membros das forças de segurança do Distrito Federal decidiram que Bolsonaro não poderá sair pelo desembarque principal do aeroporto, mas por uma rota alternativa.

Auxiliares de Bolsonaro dizem, porém, que ele não aceitará de forma alguma a orientação. O ex-presidente, dizem, quer desembarcar “nos braços do povo”. Ou seja, dos apoiadores que o estiverem aguardando no aeroporto.


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