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Presidente do PL lança Michelle Bolsonaro à Presidência como opção a Jair

“Bolsonaro só não foi reeleito em primeiro turno pelos erros que cometeu no começo do governo, quando estava sozinho, apoiado por generais”, afirmou Valdemar Costa Neto.

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto. (Foto: Adriano Machado)

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou à CNN nesta sexta-feira (27) que a Michelle Bolsonaro será uma opção ao partido caso o ex-presidente Jair Bolsonaro não seja candidato à Presidência em 2026, data das próximas eleições.

Valdemar lembrou da participação de Michelle Bolsonaro no lançamento da candidatura de do ex-presidente à reeleição, em 24 de julho do ano passado, no Rio de Janeiro, quando a então primeira-dama discursou.

“Se Bolsonaro não for candidato, nós temos a Michelle. No lançamento do Bolsonaro no Maracanã [ginásio Maracanãzinho], ela se revelou. Se ele for candidato, será um fortíssimo candidato. Se ele não for candidato, será mais forte ainda, porque esse movimento de direita veio para ficar”, disse Valdemar à CNN.

O presidente do PL também disse que o partido irá “acertar a entrada de Michelle Bolsonaro no PL Mulher, porque ela vai fazer palestras pelo Brasil para trazer mulheres para o partido”, acrescentou.

Apesar de considerar Michelle, o presidente do PL disse considerar Jair Bolsonaro um “forte candidato nas próximas eleições”.

Costa Neto disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi reeleito devido aos erros cometidos por sua gestão. Ele pontuou que militares atrapalharam o governo durante o primeiro ano e meio da gestão e acrescentou que Bolsonaro “errou demais na pandemia”.

“Bolsonaro só não foi reeleito em primeiro turno pelos erros que cometeu no começo do governo, quando estava sozinho, apoiado por generais. Esse pessoal atrapalhou muito a vida dele. E na pandemia ele errou demais. Quando eu vi o PT colocando as falas dele [Bolsonaro] na pandemia, aquilo foi mortal.”

Costa Neto disse ainda acreditar que Bolsonaro tem noção dos erros que teria cometido. “Eu tenho a impressão que ele tem consciência porque ele não cometeu mais esses erros depois. Ele evitava porque esses erros eram imperdoáveis. O povo não perdoou ele”, disse.

Costa Neto que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não estava preparado para a derrota nas eleições de outubro e chegou a achar que “ele ia morrer”.

O ex-deputado federal contou que visitou Bolsonaro um dia após o segundo turno – na segunda-feira, 31 de outubro do ano passado.

“O Bolsonaro estava num estado que eu nunca vi uma situação dessas – do camarada de um dia pro outro ficar com aquela imagem. Depois de uma semana, eu até achava que ele ia morrer”, declarou Valdemar.

O presidente do PL disse que cobrou que Bolsonaro se posicionasse a respeito dos acampamentos em quartéis que negavam o resultado das eleições, pedindo que falasse com seus apoiadores.

“Ele falou: ‘Vou falar o que?’ Ele estava em uma situação muito ruim. Estava caído, derrubado”, acrescentou.

Possibilidade de derrota nunca foi discutida, diz Valdemar

Na opinião de Valdemar Costa Neto, o ex-presidente ficou nesse estado por um erro dele e de seus correligionários.

“A gente sempre discute isso em qualquer eleição: ‘Olha, pode acontecer de você perder a eleição. O que você pretende fazer?’ Discutir se a pessoa vai trabalhar com a gente, vai ficar no partido ou não. Eu nunca discuti isso com o Bolsonaro. Foi um erro meu, um erro dos meus colegas que têm experiência”, declarou à CNN.

“Aconteceu então que o Bolsonaro não estava preparado para a derrota. Ele foi derrotado e não estava preparado. Aquilo foi um baque. Depois de uma semana – e eu ia ver ele quase todo dia – achei que ele fosse até morrer. Aí passou umas três semanas ele melhorou”, completou o presidente do PL.

Segundo Valdemar, o ex-presidente contou que chegou a ficar “cinco, seis dias sem comer”.


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