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Brasil

Desmatamento na Amazônia cresce quase 30% entre agosto de 2018 e julho de 2019, diz Inpe

Levantamento do sistema Prodes, divulgado nesta segunda-feira (18) é o mais preciso para medir as taxas anuais de desmatamento. Área desmatada no período foi de 9.762 km². O Amazonas ficou em segundo lugar em desmatamento.

O desmatamento na Amazônia observado de agosto de 2018 a julho de 2019 aumentou 29,5% em relação ao período equivalente do ano anterior – ou seja, de agosto de 2017 a julho de 2018. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), conforme o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).

O total desmatado foi de 9.762 km² no acumulado desses 12 meses, ante 7.536 km² apurados no mesmo período do ano anterior. O estado com a maior área desmatada no período analisado foi o Pará. O Amazonas teve a segunda maior área desmatada.

O sistema usa esse intervalo porque ele abrange tanto as épocas de chuva quanto as de seca na região amazônica. Desse modo, envolve os momentos mais cruciais no “ciclo do desmatamento” e é capaz de identificar eventuais influências do clima. O desmatamento costuma ser seguido de queimadas.

Realizado desde 1988, o levantamento do Prodes é considerado o mais preciso para medir as taxas anuais de desmatamento no Brasil. Porém, a informação publicada nesta segunda ainda é preliminar: como em todos os anos, o Inpe revisará o dado no primeiro semestre de 2020, e chegará à taxa consolidada.

A tendência de aumento no desmatamento já vinha sendo indicada por outro sistema do Inpe, o Deter, que emite os alertas de desmatamento.

O Prodes faz seu mapeamento com imagens dos satélites Landsat, CBERS e ResourceSat. O sistema consegue quantificar as áreas desmatadas maiores que 6,25 hectares. Também registra o chamado “corte raso” das florestas, que é a remoção completa da cobertura florestal primária. Segundo o Inpe, o nível de precisão do Prodes é de aproximadamente 95%.


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