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Economia

Dieese: aumento do custo da cesta básica é registrado em 9 cidades; Norte e Nordeste tem as maiores altas

O Dieese não faz pesquisa em Manaus. No final de 2018, com dificuldades financeiras, o escritório em Manaus suspendeu a pesquisa da cesta básica.

O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em nove cidades, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 17 capitais. As maiores altas foram registradas nas cidades do Norte e do Nordeste: Recife (8,13%), Salvador (3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%), Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju
(1,96%). Florianópolis (1,40%) e Goiânia (1,33%) também apresentaram elevação no custo médio. As reduções mais importantes ocorreram em Brasília (-1,88%), Campo Grande (-1,26%) e no Rio de Janeiro (-1,22%).

O Dieese não faz pesquisa em Manaus. No final de 2018, com dificuldades financeiras, o escritório em Manaus suspendeu a pesquisa da cesta básica e, depois, fechou as portas. Era financiado pelos sindicatos dos trabalhadores e também fazia estudos sobre salário mínimo e desemprego.

A cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 710,53), seguida pelas de São Paulo (R$ 692,27), Porto Alegre (R$ 685,32), Vitória (R$ 668,17) e Rio de Janeiro (R$ 665,60). Entre as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta tem algumas diferenças em relação às demais cidades, Aracaju (R$ 473,26), Salvador (R$ 505,94) e João Pessoa (R$ 508,91) registraram os menores custos.

Ao comparar novembro de 2020 e novembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Curitiba (16,75%), Florianópolis (15,16%), Natal (14,41%), Recife (13,34%) e Belém (13,18%).

A partir de agosto, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos passou a ser realizada presencialmente
em todas as 17 capitais. O retorno foi gradual ao longo de 2021, à medida que a vacinação foi avançando nas
cidades. As feiras livres foram introduzidas novamente na pesquisa. As últimas cidades onde o levantamento
voltou a campo foram Porto Alegre, Aracaju, Curitiba e Goiânia.

Entre janeiro e novembro de 2021, todas as capitais acumularam alta, com taxas entre 4,44%, em Aracaju, e 18,25%, em Curitiba. Com base na cesta mais cara que, em novembro, foi a de Florianópolis, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.969,17, o que corresponde a 5,42 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em outubro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.886,50, ou 5,35 vezes o piso
em vigor.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em novembro, ficou em 119 horas e 58 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em outubro, quando foi de 118 horas e 45 minutos. Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, 58,95% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em outubro, o percentual foi de 58,35%.


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