Brasil
Estudantes de todo o país se mobilizam em defesa da Amazônia durante encontro no Maranhão
Realizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), o encontro se deu por mesas de debates temáticas que pautaram as medidas necessárias para o desenvolvimento econômico sustentável na região
Estudantes de todo o país ocuparam a capital do Maranhão, São Luís, durante os dias 2, 3 e 4 de dezembro para a realização do I Encontro dos Estudantes da Amazônia. Apesar da diversidade cultural, a escolha da ilha do reggae se deu pela intensificação dos conflitos no campo e desmatamento do bioma.
O Maranhão é o segundo estado com maior número de conflitos no campo, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra. Além disso, se consolida enquanto fronteira agrícola e sede de grandes empreendimentos que avançam violentamente sobre territórios de trabalhadores rurais, quilombolas e indígenas.
Realizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), o encontro se deu por mesas de debates temáticas que pautaram as medidas necessárias para o desenvolvimento econômico sustentável na região, bem como a reflexão sobre os atuais danos causados pela exploração predatória.
Anfitrião do estado e facilitador na mesa de debate Amazônia em Disputa: Modelos de Desenvolvimento e Preservação, o representante do Movimento Sem Terra (MST), Leandro Diniz, explica a importância do encontro, especialmente durante o projeto de destruição em curso pelo governo Bolsonaro.
“Partimos de uma iniciativa que coloca em prática a valorização e o protagonismo de estudantes que estão em espaços estratégicos e colocam como uma aposta para o futuro a Amazônia, tendo a educação como um caminho para isso”, explica Diniz.
“Esse encontro se configura como um espaço importante, no momento em que a Amazônia está sendo destruída pelos interesses do capital internacional, mas sobretudo por um projeto que está em curso pelo governo brasileiro”, ressalta.
Assistente Social, Leandro Diniz faz parte do Coletivo Nacional da Juventude Sem Terra e pontua que o encontro deve provocar a reflexão e organização de um projeto que garanta não só a sobrevivência dos povos do campo, como também o futuro da Amazônia.
“O encontro tem esse caráter de discutir a Amazônia, mas também provocar a sociedade a pensar por que a Amazônia está sendo destruída e os territórios dos povos tradicionais que fazem a preservação do meio ambiente estão sob ataque contínuo de várias forças, das grandes empresas, do estado brasileiro. Ele provoca debates importantes para pensar o processo de resistência, mas também um projeto de sobrevivência dos povos do campo e do futuro da Amazônia”.
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