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Amazonas

Em meio a aumento de homicídios e insatisfação da tropa, governador do AM muda cúpula da PM

O comandante da PMAM será o coronel Vinicius Almeida, que deixa o comando da Seap, que passa a ser comandada pelo tenente-coronel Paulo César. O CBMAM passa a ser comandado pelo coronel Orleilson Ximenes Muniz.

A maioria dos agentes mortos estava fora de serviço quando foram assassinados. (Foto:Reprodução/Internet)

Em meio ao aumento no número de homicídios e à insatisfação da tropa com o reajuste salarial, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) mudou o comando da Polícia Militar do Estado (PMAM), do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

O comandante da PMAM será o coronel Vinicius Almeida, que deixa o comando da Seap, que passa a ser comandada pelo tenente-coronel Paulo César. O CBMAM passa a ser comandado pelo coronel Orleilson Ximenes Muniz.

O governador não informou o motivo da mudança na alta cúpula da PMAM, mas elas ocorrem no momento seguinte em que a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) informou que registrou em 2021, até outubro, 852 homicídios em Manaus. O dado indica um aumento de 29,68% no número de casos se comparado com todo o ano de 2020, que foi marcado por 657 assassinatos.

O mês de outubro de 2021 foi marcado por 99 homicídios. Ao ser comparado com o mesmo mês do ano passado, este ano houve um aumento de 62,63%, ou seja, em 2020, ocorreram 37 assassinatos.
De acordo com a SSP-AM, o número de homicídios ocorridos na capital de janeiro a outubro deste ano supera também o total de assassinatos registrados em 2019, antes da pandemia, que teve 839 assassinatos.

Ainda de acordo com a SSP-AM, o mês de setembro deste ano continua sendo o mês mais violento em número de assassinatos, com 101 homicídios, enquanto nos anos de 2020 e 2019, no mesmo mês, foram registradas 51 e 94 casos, respectivamente.

Insatisfação

No último dia 9 de novembro, Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar do Amazonas (AOPBMAM) publicou nota demonstrando “contrariedade ao tratamento dispensado aos militares do Estado, após o governador Wilson Lima (PSC) divulgar o pífio valor de reposição de perdas inflacionárias de 3,3%, quando deveria ser, no mínimo 10,5%”.

A nota foi publicada para responder dúvidas e questionamentos dos associados, a respeito do andamento “da promessa do governador em atribuir a Lei de Curso nos mesmos moldes e na mesma proporção dos demais servidores públicos do Estado”.

“Dessa forma viemos demonstrar contrariedade ao tratamento dispensado aos Militares do Estado, após o governo divulgar o pífio valor de reposição de perdas inflacionárias de 3,3%, quando deveria ser, no mínimo 10,5%. Em resposta ao descontentamento geral o governo anunciou que daria aos militares estaduais o mesmo tratamento dispensado aos demais servidores do estado e na mesma proporção”, dizia a nota.

Ainda segundo a nota, “apesar da promessa feita, o governo do Estado, segundo informes não vai cumprir, mais uma vez, com o que prometeu publicamente pois insiste em aplicar o percentual apenas sobre parte da remuneração e não sobre o todo, como deveria ser, excluindo ainda os militares da inatividade”.

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