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Economia

Leilão do 5G: Claro, Vivo e Tim vencem os lotes de faixa mais concorrida da telefonia celular

Ao todo, quatro faixas estão sendo leiloadas: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Cada faixa de frequência é uma espécie de pista na estrada por onde o 5G funciona.

Sistema 5G promete internet 20 vezes mais rápida a partir de 2022. (Imagem: James Yarema/Unsplash)

As operadoras Claro, Vivo e Tim arremataram, cada uma, um lote da faixa nacional de 3,5 GHz —a mais concorrida do 5G no Brasil. A Anatel realiza nesta quinta-feira (4) o leilão que permite internet 20 vezes mais rápida a partir de 2022.

A Claro venceu o primeiro dos quatro lotes — chamado de B1 — com uma oferta de R$ 338 milhões. Em seguida, a Vivo levou o segundo (B2), por R$ 420 milhões. No terceiro lote, apenas a Tim apresentou proposta, de R$ 351 milhões. O lote B4 não recebeu nenhuma proposta.

Ao todo, quatro faixas estão sendo leiloadas: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Cada faixa de frequência é uma espécie de pista na estrada por onde o 5G funciona. A faixa de 3,5 GHz é a mais concorrida porque é a mais usada no mundo e oferece internet de quinta geração diretamente para o consumidor final.

Serão ofertadas 4 faixas de frequência:

5G regional

Na sequência, a Anatel abriu os envelopes com as propostas para os lotes do tipo C, que também são da faixa de 3,5 GHz, mas de alcance regional. O primeiro lote leiloado, da região Norte do Brasil, não foi arrematado. Vivo e Tim apresentaram propostas, mas, como já levaram outros lotes nacionais, ficaram de fora. As demais empresas não apresentaram propostas. O segundo lote (C2) é igual ao primeiro, para a região Norte, mas inclui também o Estado de São Paulo. As propostas de preço apresentadas para ele foram de R$ 77,7 milhões (NK 108), R$ 72,1 milhões (Sercomtel) e R$ 10,3 milhões (Meganet).

Alguns minutos depois, a Sercomtel apresentou uma contraproposta de R$ 82 milhões e venceu a disputa. Faixa de maior cobertura no Brasil A startup de São Paulo Winity II, que trabalha com conexões sem fio entre máquinas para empresas, levou o primeiro lote da faixa de 700 MHz por R$ 1,4 bilhão. O lance mínimo era de R$ 157,6 milhões.

A faixa 700 MHz, que já é parcialmente ocupada pelo 4G, tem abrangência nacional e permite levar o 5G para áreas mais isoladas. O edital exige que a empresa, em contrapartida, use a faixa de 700 MHz para levar internet a 31 mil km de rodovias e 625 localidades que ainda não contam com 4G. “A faixa é importante para complementar a rede de 3,5 GHz, principalmente em roaming”, explica Fabro Steibel, diretor executivo do ITS Rio.

Quem são as empresas e consórcios participantes Existem dois perfis de interessados em oferecer a infraestrutura do 5G no Brasil. De um lado, estão as operadoras de internet de grande porte, que devem brigar entre elas pelas frequências de 5G mais elevadas, permitindo velocidade maior de conexão. Do outro, empresas e provedores regionais de internet, mais interessados em frequências menores, de velocidade mais baixa, mas que permitem cobrir grandes áreas.

Grupo 1: as grandes

No primeiro grupo, estão a Vivo (marca da Telefônica Brasil), a Tim e a Claro, as três maiores operadoras de telefonia do Brasil. Nessa lista, também se destaca a Algar Telecom e a Sercomtel, que já oferecem serviços de internet — no caso da segunda companhia, ela tem foco de atuação maior no Paraná, embora a empresa, sediada em Londrina, tenha recebido esse ano autorização da Anatel para operar em todo o Brasil.

Grupo dois: consórcios

Já as empresas que devem competir pelas faixas de frequência menores reúnem um leque diverso de negócios. A Winity Telecom, por exemplo, pertence ao grupo Patria, um fundo de investimentos com escritórios em múltiplos países. Ela trabalha com estrutura de comunicação sem fio para empresas, assim como a BR.Digital Telecom, do Rio Grande do Sul. Também do sul vem o Consórcio 5G, uma união entre a Copel (Companhia Paranaense de Energia) e a Unifique, de Santa Catarina, ambas atuantes no ramo das telecomunicações.

Já a VDF também trabalha com estrutura de comunicação sem fio e faz parte do grupo Datora, especializado em internet das coisas (vários eletrônicos conectados ao mesmo tempo) e comunicação entre máquinas. Há ainda operadoras de internet menores, como a FlyLink, de Uberlândia (MG), e outras novatas, como a Neko, que, embora criada por profissionais experientes na área, surgiu em 2021. No Nordeste, há duas empresas interessadas na disputa do mercado de 5G.

A primeira é a Brisanet, criada há 22 anos e que atua com serviços de internet e TV em cidades da região. Segundo a companhia, ela tem mais de 14,4 mil quilômetros de infraestrutura de backbone, atendendo Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. A segunda é a Highline, representada pela NK108. A empresa finalizou no início deste ano o processo de aquisição de torres móveis de sinal da Oi, operadora em recuperação judicial.

Segundo relatou o jornal Folha de S.Paulo, em setembro, houve um impasse que atrasou o edital do leilão, uma vez que a Highline queria começar a operar o 5G em cidades menores (área onde opera a Brisanet), o que eventualmente foi autorizado.

As informações são do UOL.


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