Brasil
Secretários do Tesouro e Orçamento de Guedes pedem demissão após drible no teto de gastos
Decisão foi tomada por crise causada com Auxílio Brasil de R$ 400. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, também pediu demissão do cargo.
O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração de seus cargos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira. A decisão foi informada pelo Ministério da Economia, que não disse quem ficará nos cargos. As informações são do jornal O Globo.
Os secretários adjuntos de Funchal e de Bittencourt também pediram demissão. São, portanto, quatro saídas de secretarios ligados à área orçamentároa de uma só vez. É uma nova “debandada” na equipe de Guedes, como o próprio ministro já classificou a saída de integrantes da sua equipe. Funchal e Bittencourt estão entre os principais auxiliares de Paulo Guedes.
Mais cedo nesta quinta, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, também pediu exoneração do cargo. A saída ocorre no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que caminhoneiros receberão ‘ajuda’ para compensar alta do diesel.
Economia disse que a decisão da saída dos secretários é pessoal. De acordo com fontes do ministério, a decisão foi tomada porque o governo fechou acordo com o Congresso para mudar o teto de gastos para pagar um Auxílio Brasil (novo Bolsa Família) de R$ 400. Os secretários que pediram demissão são contra as mudanças.
A equipe econômica saiu derrotada da queda de braço com a ala política do governo na mudança do teto de gastos para abrir espaço de R$ 83 bilhões no Orçamento de 2022.
“Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país”, afirma a nota.
A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração de seus cargos, alegando razões pessoais. As razões são as mesmas: o drible ao teto de gastos.
Energia
O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, pediu demissão do cargo. A decisão foi confirmada nesta quinta-feira, no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro anunciou uma “ajuda” para caminhoneiros autônomos, como compensação pelos reajustes recentes no preço do diesel.
O preço do diesel é uma tensão constante no governo, com protestos frequentes de caminhoneiros, uma das principais bases eleitorais de Bolsonaro. Procurado pelo GLOBO, o Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou a saída do secretário e disse que ele vai para a iniciativa privada.
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