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Brasil

Rebeca Andrade conquista medalha de ouro no salto e é a 1ª campeã olímpica do país na ginástica

Rebeca, primeira brasileira a ganhar duas medalhas na mesma edição olímpica, ainda poderá conquistar a terceira. Nesta segunda-feira (2), disputará a final do solo.

Rebeca Andrade na disputa da final do individual geral em Tóquio. (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Três dias após conquistar a primeira medalha da ginástica artística feminina do Brasil, a prata no individual geral, Rebeca Andrade deu continuidade à história que está escrevendo nas Olimpíadas de Tóquio. Num capítulo ainda mais emblemático, ela ganhou a medalha de ouro na disputa do salto neste domingo (1º).

Rebeca é a primeira brasileira a ganhar duas medalhas na mesma edição olímpica. E ela ainda poderá conquistar a terceira. Nesta segunda-feira (2), disputará a final do solo, às 5h57 (de Brasília). O único brasileiro a somar três medalhas no mesmo evento foi o canoísta Isaquias Queiroz na Rio-2016, com duas pratas e um bronze.

O recorde total de medalhas entre as brasileiras é da judoca Mayra Aguiar e da ex-levantadora Fofão, com três conquistas em edições diferentes. Em menos de uma semana, Rebeca também poderá igualar essa marca.

Se na última quinta (29) a paulista de Guarulhos e representante do Flamengo precisou mostrar que era uma das ginastas mais completas do mundo para ficar com a prata na competição que envolve os quatro aparelhos (salto, solo, trave e barras assimétricas), a medalha deste domingo também permitiu que ela brilhasse em sua maior especialidade.

A média dos seus dois saltos foi 15.083, abaixo do que apresentou na classificação, mas o suficiente para garantir a conquista histórica. A americana Mykayla Skinner ficou com a prata (14.916), e a sul-coreana Yeo Seojeong, com o bronze (14.733).

Faz tempo que os saltos de Rebeca estão entre os melhores do mundo, mas as três cirurgias que ela precisou fazer para reconstituir o ligamento cruzado anterior do joelho direito a impediram de obter nos últimos anos uma medalha nas principais competições. O salto preocupa especialmente por forçar essa parte do corpo nas aterrissagens.

A última operação foi antes do Mundial de 2019, que pôs em dúvida sua participação nos Jogos de Tóquio, quando eles ainda ocorreriam em 2020. O adiamento provocado pela pandemia de Covid-19 se mostrou benéfico para a atleta recuperar o ritmo de treinos e a confiança.

Ausente do individual geral e do salto, a americana Simone Biles também abriu mão do solo, sob a justificativa de que precisa preservar sua saúde mental. A última chance de a grande estrela dos Jogos competir será na trave, na terça-feira (3). A brasileira Flavia Saraiva está classificada para essa final.

A informação é da Folha.


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