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Amazonas

Inspeção do MPAM na Maternidade Dona Lindú constata problemas pendentes

Há desabastecimento da farmácia da maternidade, falta de material para o teste do pezinho, e ausência de um sistema eficiente de combate ao incêndio, além de problemas com a parte elétrica do prédio.

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) informou que, por intermédio da 58ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública (58a.PRODHSP), onde atua a Promotora de Justiça Silvana Nobre Cabral, tem realizado inspeções na Maternidade Dona Lindú para verificar a prestação dos serviços para as parturientes que procuram atendimento médico. Nesta sexta-feira, 20/9, durante uma segunda inspeção, foram detectados problemas estruturais e de segurança no prédio da maternidade.

A Promotora Silvana Cabral já havia detectado 84 pontos que deveriam ser mudados dentro da maternidade. Com o objetivo de melhorar o atendimento das mulheres grávidas e acompanhantes, 30 deles foram realizados, como pintura e limpeza, além da retirada de material de uso das pacientes que não tinham mais condição de utilização.

Inspeção Na sexta-feira

Desta vez, a inspeção detectou que a esterilização do material utilizado nos procedimentos continuava a ser realizado pela antiga empresa, que já não deveria prestar o serviço, inclusive em função de decisão judicial.

“O que nós queremos é a melhoria imediata da prestação dos serviços dentro do que preconiza o Sistema Único de Saúde (SUS). E só com a ajuda de quem trabalha aqui vai ser possível. A gente precisa cobrar essas melhorias para que as mães que chegam aqui possam ser atendidas de forma adequada”, disse a Promotora Silvana Cabral.

A Promotora Silvana Cabral visitou os quatro andares do Dona Lindú acompanhada da atual diretora da maternidade Marilza Matias. Foram verificadas as condições da área administrativa, farmácia, laboratório, coordenação de ensino e pesquisa, consultórios obstétricos, depósito de material de limpeza, recepção, banheiros, ouvidoria, enfermarias, centro cirúrgico e unidades de cuidados intermediários e intensivos.

Foi verificada a desobstrução das portas fogo, porém estavam todas abertas configurando inutilidade em caso de incêndios. Alguns colchões foram substituídos e houve aumento de pessoal (técnicos em enfermagem), além da melhoria do ambiente de algumas salas de procedimentos que foram harmonizadas para dar mais conforto as parturientes.

Um dos problemas identificados em uma das alas da maternidade foi a falta de ar-refrigerado porque parte dos aparelhos está em manutenção. Para a diretora do Dona Lindú foi recomendada a limpeza dos dutos dos ar-condicionados para evitar qualquer tipo de contaminação dos bebês. Ficou constatado, ainda, que existem cadeiras quebradas, piso deteriorado, ausência de material de higiene pessoal e álcool gel para uso geral, de parturientes e acompanhantes.

Outro ponto que chamou atenção foi o desabastecimento da farmácia da maternidade, falta de material para o teste do pezinho, e ausência de um sistema eficiente de combate ao incêndio, além de problemas com a parte elétrica do prédio. Na sala onde os recém-nascidos são levados para a fototerapia, as máquinas de incidência de raios precisam de substituição das lâmpadas que são especiais.

“A maternidade melhorou na questão da limpeza e em algumas questões pontuais de estrutura mas continua com uma deficiência muito grande na questão do conforto técnico. Há um problema também na recepção da fototerapia. É um problema muito sério a falta de um sistema de combate a incêndios, apesar de termos conseguido liberar as áreas de recuo. Queremos evitar problemas graves como o ocorrido no Rio de Janeiro, porque há um sobrecarregamento da parte elétrica. Nós vamos comunicar a Susam e ao Governador do Estado o desbastecimento da farmácia que só tem 50% da capacidade preenchida, com a falta de medicamentos do atendimento de urgência e outras questões que envolvem a estrutura do hospital que precisam ser mediadas”, finalizou a Promotora Silvana Nobre Cabral.


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