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Amazonas

Município do Amazonas foi o maior produtor de castanha do Pará em 2018, diz pesquisa do IBGE

safra de castanha do Pará voltou a crescer, depois de dois anos seguidos de redução. E, com a volta da demanda, os preços ficaram mais atrativos para o consumidor.

Juruena, MT, Brasil: Seleção das castanhas colhidas na reserva legal comunitária do assentamento é feita na fábrica de beneficiamento da Cooperativa do Vale do Amanhecer. Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O município de Humaitá, no Amazonas, foi o responsável pelo maior volume produzido de castanha do Pará, em 2018, com 4 mil toneladas. Os dados constam da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2018 (PEVS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O maior aumento no valor de produção dos principais produtos não madeireiros do extrativismo, da ordem de 35,4%, foi encontrado na castanha do Pará, com valor de produção de R$ 130,9 milhões. A castanha do Pará teve produção no ano passado de 34.170 toneladas, expansão de 46,3%. A safra de castanha do Pará voltou a crescer, depois de dois anos seguidos de redução. E, com a volta da demanda, os preços ficaram mais atrativos para o consumidor.

A pesquisa do IBGE mostra ainda que a variação anual do valor de produção dos principais produtos não madeireiros do extrativismo foi declinante para pequi (fruto), com -13%; carnaúba em pó (-3,9%); babaçu (amêndoa), com -3,8%, e erva-mate (-0,8%). Em contrapartida, tiveram o valor de produção ampliado a castanha do Pará (+35,4%); pinhão (semente,+7,6%) e açaí (+2,5%).

O Pará foi o maior produtor nacional de açaí, respondendo por 147,7 mil toneladas, volume 4,1% maior que o registrado em 2017. Na lista dos dez municípios que apresentaram os maiores volumes de produção em 2018, oito são do Pará, liderados por Limoeiro do Ajuru, que respondeu por 18,5% do total nacional de açaí extrativo, com produção de 41 mil toneladas.

O segundo maior valor de produção entre os produtos não madeireiros, com R$ 468,4 milhões, revelando queda de 0,8% em relação ao ano anterior, foi a erva-mate, concentrada na Região Sul do país. A produção somou 393 mil toneladas, aumento de 2,4% sobre 2017.

No grupo de produtos alimentícios não madeireiros da extração, o açaí tem o maior valor de produção e registrou volume de 222 mil toneladas produzidas, 0,9% acima do obtido em 2017. Isso representou expansão de 2,5% no valor de produção (R$ 592 milhões.

O açaí participa com 46,3% no valor de produção dos produtos alimentícios. O pesquisador chamou a atenção para a participação do açaí extrativo dentro do total da produção nacional de açaí, equivalente a 12,8%.

O valor da produção florestal registrada por 4.897 municípios brasileiros em 2018 alcançou R$ 20,6 bilhões, aumento de 8% na comparação com o ano anterior. Desse total, o maior valor de produção foi identificado na silvicultura (R$ 16,3 bilhões), que responde por 79,3% do total, com expansão de 11,1% em relação a 2017, enquanto a extração vegetal apresentou valor de produção de R$ 4,3 bilhões, com retração de 2,7% na mesma comparação.

Segundo o IBGE -, o valor de produção é a mesma coisa que valor bruto de produção, obtido por meio da multiplicação do preço livre de fretes e impostos pelo total produzido. A sondagem revela que o número de municípios que responderam pelo valor da produção florestal no ano passado foi ampliado em 60 cidades em comparação a 2017, informou à Agência Brasil o gerente da pesquisa, engenheiro agrônomo Winícius Wagner.

Ele explicou que o valor bruto de produção florestal ficou R$ 1,515 bilhão acima do apurado em 2017, consolidando o terceiro ano consecutivo de crescimento nominal do valor de produção do setor.

Em 2016, o aumento foi de 0,9% e, em 2017, de 2,8%. Wagner disse que a maior participação no valor de produção tem origem no grupo de produtos madeireiros da floresta, atingindo 90,2%. “Somente o valor de produção desse grupo de madeireiros foi 8,5% maior que em 2017”, observou.

O analista do IBGE informou que a queda de 2,7% no valor da produção da extração vegetal em 2018 constitui a terceira retração consecutiva no setor e foi motivada, principalmente, pelo desempenho dos produtos madeireiros, que respondem por 62% do valor de produção florestal do extrativismo e apresentaram, no seu conjunto, queda de 5,2% em 2018 no valor de produção. “Por eles terem um peso muito grande na lista dos produtos da extração, essa queda de 5,2% do valor de produção desses produtos madeireiros influenciou diretamente o total da extração vegetal no ano de 2018”, explicou.


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