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Polêmica: Referendo nacional na Suíça decide proibir uso de burca em lugares públicos

País fez referendo para projeto de lei que também proíbe uso de capuz em manifestações. A multa prevista para quem violar a regra é de 10 mil francos suíços (R$ 61,2 mil)

Na contagem de votos, o referendo decidiu contra uso de burca. (Foto: Arnd Wiegmann/Reuters)

A Suíça aprovou em referendo neste domingo (7) a proibição do uso de qualquer véu que cubra o rosto em locais públicos, com 51,2% dos votos. A medida ainda foi aprovada em 20 dos 26 cantões do país.

Conhecida como “lei antiburca”, a medida afeta diretamente as mulheres muçulmanas, que não poderão usar a burca ou o niqab fora dos locais de culto, e foi apresentada por um grupo de conservadores que afirmavam que o uso do véu era algo de “extremistas”. Na Suíça, qualquer proposta com mais de 100 mil assinaturas é submetida a referendo popular.

A medida havia sido rechaçada por partidos tanto de esquerda como de centro e de direita, além de organizações de direitos humanos e de direitos das mulheres. Para os políticos, inclusive, a medida nem era necessária já que os muçulmanos do país representam menos de 5% da população e não há a tradição nessas comunidades de uso desse tipo de vestimenta. Ou seja, afeta mais os turistas do que a população em si.

Para tentar minimizar os possíveis impactos negativos da aprovação da medida, a ministra de Justiça e Polícia, Karin Keller-Sutter, afirmou que o referendo “não era um voto contra os muçulmanos” e que “apenas uma dezena de mulheres na Suíça usam o niqab” (semelhante à burca).

Agora, os cantões devem regularizar a aplicação da medida em seus territórios e a multa prevista para quem violar a regra é de 10 mil francos suíços (R$ 61,2 mil). (ANSA com informações da CNN).


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