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NASA localiza poço em Marte com 180 metros de diâmetro

Pesquisadores querem saber se a fenda profunda é isolada ou se estaria ligada a uma rede de túneis subterrâneos.

Não é a primeira vez que a NASA registra essas supostas “claraboias”. (Imagem: Divulgação/Nasa)

Uma imagem estranha na superfície do planeta vermelho, semelhante a uma “mancha” negra com 180 metros de diâmetro que, após analisada, revelou ser um poço profundo, foi capturada pelo Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO) da Nasa. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira,25/2, pelo portal de notícias TecMundo.

As fotos,  foram investigadas por pesquisadores da Universidade do Arizona que, para entender a extensão das imagens, fizeram ajustes no brilho dos pixels, até perceber uma “áspera parede a leste do fosso”, afirmou o geofísico Ross Beyer, que concluiu: “O chão do poço parece ser de areia lisa e desce para sudeste”.

De acordo com Beyer, que mantém um blog com as ocorrências do MRO, a questão agora é determinar se essa fenda profunda é isolada ou se estaria ligada a uma rede de túneis subterrâneos deixados para trás por canais de lava de fluxo rápido, como as “claraboias” dos tubos de lava dos vulcões do Havaí, nos EUA.

Essa suspeita de que teriam existido vulcões em Marte já é uma hipótese antiga dos pesquisadores. Se essas cavernas realmente existem, é possível até que possam ser grandes o suficiente para abrigar bases planetárias completas, fornecendo abrigo para futuros colonizadores do planeta.

Não é a primeira vez que a NASA registra essas supostas “claraboias” como a que é descrita por Beyer. Em 2012, por exemplo, o MRO enviou fotos de alguns desses buracos, nas proximidades do vulcão Pavonis Mons, que remetem à existência de cavernas com até 225 metros de largura.

A boa notícia é que a NASA já está trabalhando com drones, como o Ingenuity (que está neste momento na “barriga” do Perseverance já em solo marciano), que teoricamente poderiam ser utilizados em um futuro mapeamento dessas cavernas, sem que um rover se arriscasse a despencar nas profundezas de um buraco gigante.


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