Brasil
Brasil ultrapassa 179 mil óbitos e 6,7 milhões de casos de Covid-19
O País registrou, nesta quarta-feira (9), mais 848 mortes e 54.203 diagnósticos positivos para o novo coronavírus; média móvel de mortes (643) é a maior desde o fim de setembro.
O Brasil registrou 848 mortes pela Covid-19 e 54.203 casos da doença, nesta quarta-feira (9). Com isso, o País chega a 179.032 óbitos e a 6.730.118 de infecções pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Trata-se do maior número de mortes desde o início de outubro (sem levar em conta registros elevados ocorridos logo em seguida ao apagão de dados que houve em novembro). A média móvel de mortes também é a maior desde o fim de setembro.
A situação da pandemia no País se agrava em um momento de atenção, próximo às festividades de fim de ano, o que preocupa especialistas.
Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.
De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 643, o que representa aumento de 36% em relação a 14 dias atrás, um cenário de crescimento da pandemia. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média, chegando a uma estabilidade posterior e, recentemente, passando a apresentar crescimentos.
Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.
Nordeste, Sudeste e Sul apresentam crescimento da média móvel de mortes, em relação a 14 dias atrás. Norte e Centro-Oeste estão em estabilidade.
Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins apresentam aumento da média móvel de óbitos.
Alagoas e Piauí estão em estabilidade. Os demais quatro estados apresentam queda.
O Brasil tem uma taxa de 85,5 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (288.022 ), e o Reino Unido (62.663), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 88,2 e 94,3 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (102,2), país com 61.739 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.
O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 110.874 óbitos, tem 87,9 mortes para cada 100 mil habitantes.
Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 113,8. O país tem 36.401 óbitos pela Covid-19.
A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 141.360 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,5 óbitos por 100 mil habitantes.
Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 89,9 mortes por 100 mil habitantes (40.009 óbitos).
Já o boletim do Ministério da Saúde desta quarta-feira (9) aponta que o Brasil registrou 836 novas mortes em decorrência da Covid-19, nas últimas 24 horas. O país agora contabiliza um total de 178.995 óbitos desde o início da pandemia. Também nas últimas 24 horas, foram registrados 53.453 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, elevando o total para 6.728.452.
A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.
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