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Manaus

Infogripe indica que Manaus tem tendência de avanço da Covid-19 em longo prazo

A capital do Amazonas, além de Belo Horizonte, Cuiabá, Brasília, Rio de Janeiro, São Luís e São Paulo, tem 75% de probabilidade (sinal moderado) de crescimento nos casos do novo coronavírus em seis semanas, conforme Fiocruz.

O boletim semanal Infogripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que 97,7% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) reportadas no Brasil em 2020 e com exame positivo para alguma infecção viral se deram em decorrência da Covid-19. A capita do Amazonas, Manaus, está no grupo das cidades do País que apresenta um sinal moderado (75% de probabilidade) de crescimento dos casos do novo coronavírus na tendência de longo prazo (seis semanas).

De acordo com os pesquisadores envolvidos no levantamento, os dados divulgados hoje (3) também mostram um avanço da doença. As informações são da Agência Brasil. “O registro de crescimento que vem se observando em todo o território nacional durante o mês de novembro sugere a necessidade de cuidado redobrado ao longo do mês de dezembro. Ações de conscientização e prevenção devem ser tomadas para evitar que as tradicionais aglomerações no comércio e nas celebrações de fim de ano agravem o quadro atual”, alerta o boletim.

O levantamento traz uma análise para as próximas três semanas (curto prazo) e para as próximas seis semanas (longo prazo). Das 27 capitais, 13 registram sinal moderado (Belo Horizonte, Cuiabá, Manaus, Brasília, Rio de Janeiro, São Luís e São Paulo) ou forte (Campo Grande, Curitiba, Goiânia, Maceió, Palmas e Salvador) de crescimento na tendência de longo prazo.

Em apenas quatro estados, as tendências de curto e longo prazo apresentam sinal de queda ou estabilização em todas as suas macrorregiões de saúde: Acre, Amapá, Roraima e Sergipe. Essa situação também ocorre no Distrito Federal.

Todas as regiões do País foram classificadas em zona de risco e com ocorrência de casos muito altos na semana epidemiológica entre 22 e 28 de novembro. A íntegra do boletim está disponibilizada no portal da Fiocruz.

Síndrome respiratória

O Infogripe leva em conta as notificações de SRAG registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição se baseia nos dados inseridos até  segunda-feira (30).

A SRAG é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

As notificações de SRAG em 2020 aumentaram em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19), Sars-CoV-2.

No ano passado, foram reportados 39,4 mil casos. Neste ano, já são 584.176, dos quais 54,8% tiveram resultado laboratorial indicando presença de algum vírus respiratório.

Entre as ocorrências com exame positivo para infecção viral, foram identificados quadros de SRAG associados não apenas ao novo coronavírus (97,7%), como também ao vírus influenza A (0,4%), ao vírus sincicial respiratório (0,4%) e ao vírus influenza b (0,2%). Quando analisados os casos que evoluíram à óbito, 99,3% estão vinculados ao novo coronavírus.

Este ano já são 141.351 mortes por SRAG. Em 2019, foram 3.811.


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