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OMS afirma que vacina ‘bala de prata’ contra Covid-19 pode nunca existir

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Gebreyesus, afirmou que não existem garantias de uma fórmula eficaz de imunização contra o novo coronavírus apesar dos avanços sem precedentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira (3) que, embora exista uma grande esperança em torno de uma vacina contra a Covid-19, pode nunca haver uma “bala de prata” contra o novo coronavírus, que já infectou milhões de pessoas ao redor do mundo. As informações são do jornal O Globo.

“Não existe uma bala de prata no momento e pode nunca haver”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, em entrevista coletiva online na sede da entidade, em Genebra.

Liderando os esforços mundiais para deter a pandemia da Covid-19, a OMS vem reafirmando diariamente que é possível controlar a disseminação da doença e reduzir a mortalidade com políticas de testagem em massa, rastreamento de casos suspeitos e adoção de medidas de distanciamento social e higiene, com o devido exemplo de lideranças e com apoio às comunidades, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.

“A mensagem para as pessoas e os governos é clara: façam tudo”, disse Tedros, que afirmou também que as máscaras devem se tornar um símbolo de solidariedade em todo o mundo.

A organização reforçou a velocidade com que avanços científicos têm sido feitos em relação à melhoria dos testes, dos tratamentos e, especialmente, das vacinas. Hoje, três experimentos com imunizantes já evoluíram para a fase 3 dos testes clínicos.

“Isso não significa que teremos a vacina, mas a velocidade com que os avanços são feitos não tem precedentes”, comentou Tedros. “Várias vacinas estão agora na fase três dos ensaios clínicos e todos esperamos ter várias vacinas eficazes que possam ajudar a prevenir as pessoas de infecção. Mas há a preocupação de que não haja uma vacina eficaz ou que sua imunização dure apenas alguns meses. Não saberemos até a conclusão dos testes”.

O diretor-executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan, disse que países com altas taxas de transmissão, incluindo Brasil e Índia, precisam se preparar para uma grande batalha. “A saída é longa e requer um compromisso sustentado”, afirmou.

Na mesma entrevista, a epidemiologista e chefe da unidade de doenças infecciosas emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove, estimou a taxa de mortalidade da Covid-19 em 0,6%, segundo os números mais recentes. No Brasil, ela está atualmente em 3,4%, segundo dados apurados pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde.


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