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opulação em situação de miséria na região metropolitana de Manaus cai de 1,9% para 1,4% entre 2015 e 2024, diz IBGE

Metade das dez maiores regiões metropolitanas de capitais brasileiras registrou aumento percentual da população em situação de miséria no período,

A população em situação de miséria na região metropolitana de Manaus caiu de 1,9% para 1,4% na última década, entre 2015 e 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BGE) divulgados ontem na Síntese de Indicadores Sociais, segundo informações do UOL.

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ibge-populacao-em-situacao-de-Metade das dez maiores regiões metropolitanas de capitais brasileiras registrou aumento percentual da população em situação de miséria no período – entre elas, as grandes Rio de Janeiro e São Paulo.

O parâmetro usado pelo IBGE para definir uma pessoa em extrema pobreza é o mesmo adotado pelo Banco Mundial: ter renda per capita inferior a US$ 2,15 por dia (R$ 7,45 ou R$ 223 por mês, pela cotação atual).

Em 2024, as dez maiores regiões metropolitanas reuniam 64 milhões de moradores, sendo 2,1 milhões em extrema pobreza. Em 2015, eram 62 milhões de habitantes e 1,8 milhão de pessoas nessa condição.

A região metropolitana que mais retrocedeu foi a de Fortaleza, com alta de 2,6 pontos percentuais entre 2015 e 2024, alcançando 6,8% da população — o equivalente a 348 mil pessoas. A Grande Fortaleza é a mais populosa do Nordeste, com 3,9 milhões de habitantes.

Em termos absolutos, a Grande São Paulo foi a que mais cresceu em número de pessoas na miséria no período, saltando de 406 mil para 630 mil.

No país, entre 2015 e 2024, o percentual de pessoas na miséria caiu de 5,6% para 3,5%, indicando que as taxas de extrema pobreza das grandes metrópoles estão se aproximando das observadas no interior do país — um fenômeno recente.

“A inflação oficial em 2024 tende a ser maior nas grandes cidades, sem contar a predominância de empregabilidade muito baixa ou apenas no setor informal, que remunera com valores reduzidos”, explica João Mário de França, professor do programa de pós-graduação em economia da UFC (Universidade Federal do Ceará) e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Ele também ressalta que outros fatores pesam, como o planejamento urbano inadequado diante do crescimento populacional. “Os extremamente pobres dessas grandes cidades vivem em moradias precárias, em áreas de risco, sujeitas a desastres ambientais e carentes de infraestrutura e serviços públicos, como postos de saúde, escolas, creches e transporte público — o que causa ainda mais exclusão social”, disse.

O cenário para os próximos anos, diz o pesquisador, vai depender da manutenção do Bolsa Família e do ritmo do crescimento econômico. “A taxa de juros muito elevada já começa a ter efeitos contracionistas nos investimentos privados e no mercado de trabalho, provocando um crescimento econômico menor neste ano em relação aos anteriores”, diz.

“Como 2026 será um ano eleitoral, em que as incertezas econômicas tendem a aumentar, a projeção é de que o crescimento seja ainda menor do que em 2025. Essas taxas mais baixas podem não reverter, mas reduzir a velocidade da queda da pobreza no interior”, afirmou.

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