Brasil
Fraude no INSS: ex-ministro de Bolsonaro e deputados são alvos da Polícia Federal
A operação Sem Desconto foi realizada hoje pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União).
José Carlos Oliveira, ex-ministro do Trabalho e Previdência no governo Bolsonaro, o deputado federal Euclydes Petterson (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Araújo (PSB-MA) são alguns dos alvos da nova operação da PF contra descontos indevidos em aposentadorias do INSS.
O ex-ministro Oliveira foi alvo de busca e apreensão, apurou o site UOL. A operação Sem Desconto foi realizada hoje pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União). Ele mudou seu nome para Ahmed Mohamad Oliveira Andrade.
Os deputados também foram alvos de busca e apreensão. O UOL procurou o gabinete de Euclydes e tenta localizar a defesa de Edson Araújo.
No total, a PF informa que são cumpridos 63 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva. A operação ocorre em 14 estados — Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins — e no Distrito Federal. Os nomes dos alvos não foram divulgados pela PF.
Ex-ministro de Bolsonaro
Oliveira foi presidente do INSS entre novembro de 2021 e março de 2022. Depois, assumiu o Ministério do Trabalho até dezembro de 2022, substituindo Onyx Lorenzoni, que deixou o cargo para disputar as eleições.
Oliveira é citado nas investigações. Segundo a PF, ele é ligado a integrantes da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), uma das entidades investigadas por descontos indevidos dos aposentados. Integrantes da associação também são alvos da operação de hoje.
INSS aposentou o ex-ministro em 6 de outubro. Ele é servidor de carreira do instituto e, segundo portaria publicada no DOU (Diário Oficial da União) à época, foi aposentado no topo da carreira, dentro da faixa salarial pertinente ao cargo dele.
O ex-ministro prestou depoimento à CPMI do INSS em setembro. Na oitiva, disse que só soube de descontos irregulares em benefícios em 2023, após a deflagração da Operação Sem Desconto, da PF, quando não estava mais no cargo.
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