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“Se depender de mim e de Trump, vai ter acordo” em poucos dias, diz presidente Lula

Fala acontece durante coletiva de imprensa na Malásia, horas após o encontro com Donald Trump na cúpula da Asean.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na madrugada desta segunda-feira (27), que está confiante em um acordo rápido com os Estados Unidos.

“Vocês sabem que, se depender de mim e de Trump, vai ter acordo”, disse o presidente a repórteres durante coletiva de imprensa realizada na Malásia.

A fala ocorreu após o encontro de Lula com o presidente americano, Donald Trump, na 47ª reunião da cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), em Kuala Lumpur.

Apesar do otimismo, não houve anúncio de suspensão imediata das tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros. Uma nova reunião em Washington deve acontecer nas próximas semanas, envolvendo representantes de ambos os países.

“Foi surpreendentemente boa a reunião que tive com Trump”, afirmou Lula.

“Rolou muita sinceridade na nossa relação. É bem possível que vocês fiquem surpresos com a afinidade do Estado americano e o Estado brasileiro”, completou.

O presidente destacou que a negociação direta entre chefes de Estado é fundamental para resultados.

Segundo ele, intermediários muitas vezes dificultam o diálogo. “Agora não tem mais intermediário. Agora é o presidente Lula com presidente Trump. Gostemos ou não gostemos um do outro, nós dois temos que assumir a responsabilidade como chefe de Estado”, disse.

Lula detalhou que entregou a Trump um documento com todas as reivindicações do Brasil, incluindo suspensão das taxações aplicadas com base em informações que considerou equivocadas. Ele ressaltou que o país tem histórico de superávit comercial com os EUA, negando a alegação de déficit que motivou a imposição das tarifas.

Além da questão tarifária, o presidente abordou outros temas na conversa, como Venezuela, mineração, etanol, açúcar e relações com a China, sempre enfatizando que o Brasil está aberto a discutir todos os assuntos.

Sobre a Malásia e o BRICS, Lula afirmou que o Brasil apoiará a entrada do país no bloco. Ele também destacou a importância de manter boas relações com todos os parceiros internacionais, sem privilegiar um país em detrimento de outro, incluindo Estados Unidos, China e União Europeia.

O presidente encerrou a coletiva reforçando otimismo e pragmatismo: “Eu estou convencido de que em poucos dias nós teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil. É assim que volto para o Brasil satisfeito e certo de que tudo vai dar certo para o povo brasileiro”.


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