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Amazonas

Pesquisa do Sinteam diz que 2 em cada 10 professores no AM perderam familiares com Covid-19

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas defende a criação de uma comissão com especialistas para discutir amplamente a retomada das aulas presenciais.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) informou que realizou uma pesquisa entre seus associados e constatou que mais de 60% deles tiveram algum familiar confirmado infectados com o novo coronavírus e 19,7% afirmaram que perderam familiares com Covid-19.

Segundo o Sinteam, a pesquisa realizada alcançou professores, pedagogos, merendeiros, auxiliares administrativos, gestores, entre outros trabalhadores de 45 municípios.

Mais de 55% dos que responderam à pesquisa declararam fazer parte de grupos de risco e 19,7% afirmaram que perderam familiares para a Covid-19.

A consulta online também perguntou sobre as aulas à distância. A maioria dos entrevistados iniciou o isolamento social no dia 17 de março. Quase 23% tiveram que ir à escola durante o isolamento, 90,5% atenderam alunos pelo whats app, sendo que 86,55% fora do horário de trabalho.

Sobre a possibilidade de retomar as aulas presenciais, 84,6% dos entrevistados acredita ser fundamental o uso de máscaras e de álcool em gel para o retorno das aulas presenciais; 77,2% defendem o distanciamento na sala de aula com o revezamento de alunos; 68,2% prefere manter as aulas online.

Com base na pesquisa, o Sinteam defende a criação de uma comissão com especialistas da saúde, representantes de secretarias estadual e municipais de educação, conselho estadual de educação e Ministério Público do Estado para discutir amplamente a retomada das aulas presenciais, segundo a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues.

“Num momento em que o governo começa a anunciar a retomada das atividades na capital, vemos com preocupação o retorno das aulas presenciais, principalmente no interior, que não tem estrutura para tratar os doentes. As salas de aulas são lotadas, não há higienização nas escolas. Como garantir segurança para trabalhadores e alunos? Como evitar que a doença se espalhe e os alunos levem o vírus para pais e avós com doenças crônicas? São essas perguntas que gostaríamos de fazer ao governo mas não existe esse canal de diálogo. Tudo é imposição”, disse.

Sessenta e oito por cento defendem retomar as aulas somente após a descoberta de uma vacina eficaz contra o coronavírus; outros 63,3% acredita ser necessário ter vagas nas unidades de saúde.

“Vivemos um momento da história, que jamais imaginávamos que haveria. Hoje, defender a vida torna-se primordial para nós trabalhadores e trabalhadoras”, concluiu Ana Cristina.


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