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“Não à guerra”, diz Nicolás Maduro após Donald Trump autorizar operações da CIA

A declaração é feita horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, admitir que autorizou operações da CIA, a agência de inteligência americana, no território venezuelano.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou os Estados Unidos nesta quarta-feira (15)/10, fazendo também um apelo contra um possível conflito armado. “Dizer ao povo dos Estados Unidos: não à guerra. Não queremos uma guerra no Caribe ou na América do Sul. Não”, disse.

A declaração é feita horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, admitir que autorizou operações da CIA, a agência de inteligência americana, no território venezuelano.

“A República Bolivariana da Venezuela rejeita as declarações belicosas e extravagantes do Presidente dos Estados Unidos, nas quais ele admite publicamente ter autorizado operações para agir contra a paz e a estabilidade da Venezuela. Esta declaração sem precedentes constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e obriga a comunidade internacional a denunciar essas afirmações claramente imoderadas e inconcebíveis”, diz a nota da chancelaria.

“Observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os anunciados deslocamentos militares para o Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela”, adiciona.

Leia a nota na íntegra:

“República Bolivariana da Venezuela

Comunicado

A República Bolivariana da Venezuela rejeita as declarações belicosas e extravagantes do Presidente dos Estados Unidos, nas quais ele admite publicamente ter autorizado operações para agir contra a paz e a estabilidade da Venezuela.

Esta declaração sem precedentes constitui uma grave violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e obriga a comunidade internacional a denunciar essas afirmações claramente imoderadas e inconcebíveis.

Observamos com extremo alarme o uso da CIA, bem como os anunciados deslocamentos militares para o Caribe, que constituem uma política de agressão, ameaças e assédio contra a Venezuela.

É evidente que tais manobras buscam legitimar uma operação de “mudança de regime” com o objetivo final de apreender os recursos petrolíferos venezuelanos. Além disso, as declarações do presidente dos EUA buscam estigmatizar a migração venezuelana e latino-americana, alimentando uma retórica perigosa e xenófoba.

Na reunião extraordinária de chanceleres da CELAC, convocada pela Presidência Pro Tempore da Colômbia, a Venezuela apresentou formalmente esta queixa e exigiu uma resposta regional imediata.

Amanhã, nossa Missão Permanente na ONU apresentará esta queixa ao Conselho de Segurança e ao Secretário-Geral, exigindo a responsabilização do governo dos Estados Unidos e a adoção de medidas urgentes para impedir uma escalada militar no Caribe, zona declarada pela CELAC em 2014.

A comunidade internacional deve compreender que a impunidade por esses atos terá consequências políticas perigosas que devem ser interrompidas imediatamente.

Caracas, 15 de outubro de 2025″

Trump confirmou

Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15/10) relatos de que ele autorizou a CIA, a agência de inteligência dos EUA, a fazer operações secretas na Venezuela. “Temos muitas drogas chegando da Venezuela, e muitas das drogas venezuelanas chegam pelo mar, então vocês podem ver isso, mas vamos detê-las também por terra”, afirmou o presidente no Salão Oval da Casa Branca.

Sem dizer que seu objetivo era tirar Maduro do poder, Trump disse que sentia que os líderes venezuelanos estão sob pressão.

“Acho que a Venezuela está sofrendo pressão. Mas acho que muitos outros países também estão sofrendo. Não vamos deixar este país, o nosso país, ser arruinado porque outras pessoas querem se livrar, como você diz, do seu pior”, destacou.

Ele estava fazendo referência à falsa alegação de que países “esvaziaram” suas prisões e instituições psiquiátricas para enviar essas pessoas para os Estados Unidos.

A ação marca uma forte escalada nos esforços do governo americano para pressionar o regime Maduro. O New York Times foi o primeiro a noticiar a nova ordem, citando diversas autoridades americanas.


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