Brasil
Luís Roberto Barroso anuncia aposentadoria antecipada do Supremo
O anúncio ocorre pouco após Barroso deixar a presidência do STF e ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos

STF
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta quinta-feira (9) o pedido de aposentadoria e que hoje foi a sua última sessão plenária na Corte.
“Sinto que agora é hora de seguir novos rumos”, afirmou.
O anúncio ocorre pouco após Barroso deixar a presidência do STF e ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos.
O ministro ainda deve permanecer no STF até a próxima semana para liberar processos que ainda estão sob a responsabilidade dele.
Com a saída de Barroso, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar novo integrante para a Corte.
“Essa é a última sessão do plenário de que participo”, disse ele. “Deixo o tribunal com coração apertado. Não carrego comigo nenhuma tristeza, nenhuma mágoa ou ressentimento”, disse ele em outro momento do pronunciamento.
“Há cerca de dois anos, comuniquei ao presidente da República essa possível intenção. Fico no tribunal mais alguns dias da próxima semana para devolver alguns pedidos de vista e encerrar as pendências”.
“Apesar da agressividade e intolerância que se vê aqui e acolá, reafirmo minha fé nas pessoas, no bem, na boa fé, na boa vontade, no respeito ao próximo e na gentileza sempre que possível. Fora desta bancada, continuarei a trabalhar por um tempo de paz e fraternidade. E reitero: a integridade, a civilidade e a empatia vem antes da ideologia e das escolhas políticas. O radicalismo é inimigo da verdade. A gente na vida deve ter cuidado para não se apaixonar pelas próprias razões”
Perfil
Barroso chegou ao Supremo em 2013. Ele foi indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff para a vaga deixada pelo ministro Carlos Ayres Britto, aposentado em novembro de 2012 ao completar 70 anos.
O ministro nasceu em Vassouras (RJ), é doutor em direito público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e mestre em direito pela Yale Law School, nos Estados Unidos.
Antes de chegar ao Supremo, atuou como advogado privado e defendeu diversas causas na Corte, entre elas a interrupção da gravidez nos casos de fetos anencéfalos, pesquisas com células-tronco, união homoafetiva e a defesa do ex-ativista Cesare Battisti.
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