Conecte-se conosco

Brasil

Forças Armadas brasileiras dão início à Operação Atlas, a maior do ano de 2025, com 6,5 mil militares, na fronteira com a Venezuela

Ação tem cerca de 55 viaturas blindadas, 450 não-blindadas, 10 helicópteros e 15 aeronaves da Força Aérea Brasileira.

forcas-armadas-brasileiras-dao

O Comando Militar da Amazônia (CMA) informou que a Operação Atlas 2025, o maior exercício conjunto das Forças Armadas do ano de 2025, teve sua abertura oficial na sexta-feira (03/10) na Base Aérea de Boa Vista (BABV), com um efetivo estimado de 6.500 militares do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, e busca, acima de tudo, aprimorar a interoperabilidade das Forças Armadas.

forcas-armadas-brasileiras-dao

forcas-armadas-brasileiras-dao

forcas-armadas-brasileiras-dao
O exercício foi planejado com base em um cenário proposto pelo Ministério da Defesa, permitindo o emprego integrado de capacidades militares nos domínios terrestre, aéreo, marítimo, cibernético, espacial e eletromagnético.

O evento marcou o início das demonstrações e do apronto operacional, uma cerimônia que teve o objetivo de verificar a preparação das tropas e apresentar as capacidades militares que serão testadas no ambiente desafiador da Amazônia.

A cerimônia de abertura contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o governador de Roraima, Antônio Denarium, o Ministro de Estado da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, além de senadores e deputados federais. A participação de altos representantes do governo e das Forças Armadas reforça a importância estratégica da operação para a Defesa Nacional.

As atividades de apronto operacional dinâmico mostraram uma série de cenários táticos, começando com uma infiltração aérea de precisão. O helicóptero HM-2, do 4º Batalhão de Aviação do Exército do Comando Militar da Amazônia, demonstrou sua robustez, capacidade de transportar até 13 militares e uma velocidade de cruzeiro de 260 km/h.

Na sequência, uma equipe de Operações Especiais da Terceira Companhia de Forças Especiais, subordinada ao Comando Militar da Amazônia, infiltrou-se por meio da técnica de fast rope para simular a destruição de um radar inimigo. A ação, que faz parte de uma manobra de assalto, é um exemplo da atuação de pequenas frações em missões de alto risco, reforçando a importância das Forças de Operações Especiais para a capacidade de resposta rápida do Exército.

A Força Aérea Brasileira (FAB), por sua vez, demonstrou sua capacidade de guiamento aéreo avançado (GAA). Uma equipe do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR) conduziu, a partir do solo, um ataque simulado utilizando duas aeronaves A-1M, vindas do 1º Esquadrão do 10º Grupo de Aviação (Santa Maria/RS), e dois A-29 Super Tucano, do 1º Esquadrão do 3º Grupo de Aviação (Boa Vista/RR). Essa coordenação entre forças de superfície e vetores aéreos é fundamental para maximizar o poder de fogo e evitar danos colaterais.

O exercício também incluiu uma demonstração do poderio da Artilharia, com a entrada em posição de um obuseiro M109 A5+ BR, do 29º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (Cruz Alta/RS), e um veículo Lançador Múltiplo de Foguetes do Sistema ASTROS. Este último, de fabricação nacional, pode atingir alvos a até 80 km de distância com foguetes e a até 300 km com o Míssil Tático de Cruzeiro. O 10º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (Boa Vista/RR) também participou, com seus obuseiros 105mm Otto Melara, apoiando a **1ª Brigada de Infantaria de Selva.

Engenharia e Blindados em Ação

A sinergia entre as Forças Armadas foi novamente evidenciada em uma manobra de assalto aeromóvel, com a Brigada de Infantaria Aeromóvel (São Paulo) e o 4º Batalhão de Aviação do Exército. Na sequência, tropas mecanizadas do 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado (Boa Vista/RR) e da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (Ponta Grossa/PR) demonstraram a força da Infantaria e Cavalaria em conjunto. Veículos blindados como o “Guarani e o Cascavel’, ambos de fabricação nacional, além do carro de combate “Leopard 1A5”, superaram obstáculos simulados, mostrando a capacidade de abertura de brecha e ataque em profundidade.

Para a execução da manobra, o 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado (Porto União/SC) empregou a Viatura Blindada de Combate de Engenharia, garantindo a progressão segura das tropas e meios blindados.

A Operação Atlas 2025 serve como uma oportunidade para que as Forças Singulares atuem de forma coordenada, utilizando a sua vasta gama de equipamentos, totalizando no exercício, cerca de 55 viaturas blindadas, 450 não-blindadas, 10 helicópteros e 15 aeronaves da Força Aérea Brasileira. Essa ação conjunta é essencial para que a resposta a qualquer ameaça ou emergência seja rápida e eficaz, reforçando a capacidade do Brasil de defender suas fronteiras e soberania.

Além de testar a pronta-resposta, a Operação Atlas também tem como objetivo a concentração estratégica de meios e o aperfeiçoamento dos planejamentos operacionais desenvolvidos na fase de simulação. Ao final do exercício, serão certificadas as forças especializadas de emprego estratégico e os módulos de apoio do Sistema de Prontidão do Exército e da Força Aérea, garantindo que as tropas estejam no mais alto nível de preparo.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

dois × três =