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Site informa que presidente do União Brasil, Antônio Rueda, pediu pagamentos de R$ 600 mil para jato que Polícia Federal apura ser dele

Pagamentos foram da seguradora de Luciano Bivar para aeronave citada em investigação da Polícia Federal.

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Matéria publicada no site do Metrópoles, nesta sexta-feira (03/10), informa que, no fim de 2022, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, demandou três pagamentos de R$ 200 mil cada para custear voos em um jatinho Cessna Citation Excel. A aeronave, avaliada em R$ 23,9 milhões, é uma das quatro que a Polícia Federal (PF) investiga se seriam de Rueda, embora estejam registradas em nome de terceiros.

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A aeronave em questão é o jato Cessna Citation modelo XL-560, de matrícula PR-LPG. A matéria informa que o site teve acesso aos recibos e comprovantes de transferências eletrônicas (TED) dos pagamentos.

Segundo a matéria, trata-se da primeira ligação documental entre Rueda e o avião. Os três repasses foram feitos em agosto, setembro e outubro de 2022, durante as eleições gerais daquele ano.

Os valores foram pagos pela Excelsior Seguros, empresa do deputado Luciano Bivar (União-PE), à empresa Rico Taxi Aéreo, de Manaus, que operava o jato à época.

Naquele momento, informa o Metrópoles, Bivar havia confiado a Rueda o controle do partido e de seus negócios. Os dois romperam e hoje são inimigos declarados.

Procurado, Bivar confirmou a emissão das notas fiscais e disse que não comenta mais sobre Rueda, a quem chama de “mentiroso contumaz”. Rueda não se manifestou. Os pagamentos eram solicitados a Silvânia, secretária de Bivar.

O site informou que enviou as notas fiscais à Rico Táxi Aéreo, que afirmou não comentar. “As informações de nossos clientes, incluindo detalhes sobre voos realizados, são de natureza confidencial e sigilosa” (leia mais abaixo).

Segundo relatos de cinco pessoas aos jornalistas, Rueda dizia que o avião era de sua propriedade em sociedade com o empresário Alessandro Bronze, de Manaus, e o utilizava para reuniões partidárias. Bronze, que era o dono formal do jato PR-LPG na época, nega ter sociedade com Rueda na aeronave.

Bronze se aproximou de Rueda em 2021. Foi encarregado de convencê-lo a apoiar a reeleição do governador do Amazonas, Wilson Lima. Após encontros frequentes em São Paulo, segundo a matéria, Rueda retirou o apoio do partido à candidatura de Amazonino Mendes e entregou a sigla no estado ao grupo de Wilson Lima.

Com influência nas áreas de portos, educação e saúde no governo de Lima, Bronze se tornou um dos aliados mais próximos de Rueda, diz o Metrópoles.

Segundo ainda a matéria, o Cessna Citation PR-LPG é uma das quatro aeronaves investigadas pela PF no âmbito da Operação Tank, deflagrada em 28 de agosto, que apura a possível infiltração da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.

Os pagamentos foram feitos pela Excelsior Seguros, de Bivar, à Rico Táxi Aéreo, uma das principais empresas de aviação privada do Amazonas, infora o site. Uma das notas fiscais menciona a matrícula PR-LPG da aeronave; as outras duas citam apenas o modelo (Cessna Citation XL), diz.

De acordo com registros da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o jato pertencia, no fim de 2022, a Alessandro Bronze, por meio da empresa DCBR Participações Ltda., e também a Francisco Willame Santiago, empresário dono de uma rede de farmácias em Fortaleza (CE).

De julho de 2022 a março deste ano, o Cessna Citation PR-LPG foi operado pela Rico Táxi Aéreo. O aluguel básico pago pela operadora era de R$ 60 mil mensais.

Em março, Bronze e Santiago venderam a aeronave à empresa Magic Aviation, presidida pelo contador Bruno Ferreira Vicente de Queiroz. Segundo a matéria, , Queiroz também é responsável por outra empresa que controla uma aeronave usada por Rueda.

Ainda em março, o Cessna Citation deixou a gestão da Rico e passou a ser operado pela Transportes Aéreos Piracicaba (TAP) – sem relação com a companhia aérea portuguesa.

A partir da TAP, o jato entrou na mira da PF. Em depoimento, o ex-piloto da empresa Mauro Caputti Mattosinho relatou que seu ex-chefe, Epaminondas Chenu, mencionava Rueda como chefe de um grupo que “tinha muito dinheiro e precisava gastar” na compra de aeronaves.

Procurada novamente, a Rico reiterou que não comentaria. “A proteção dos dados e da privacidade de quem utiliza nossos serviços é prioridade fundamental para nossa empresa. Por essa razão, não estamos autorizados a divulgar ou confirmar quaisquer informações sobre nossos serviços”, afirmou.

Alessandro Bronze disse que nunca foi sócio de Rueda em aeronaves. “Comprei em um processo judicial, no qual a aeronave estava bloqueada, e depois foi vendida. Nunca fui sócio dele”, declarou.

Antônio Rueda também foi procurado, mas não respondeu.


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