Brasil
Três quartos dos brasileiros avaliam que Bolsonaro não deve tentar candidatura em 2026, diz Genial/Quaest
Por outro lado, 19% acreditam que ele deve se manter na tentativa de disputar a presidência, e 5% não sabem ou não responderam.

A primeira pesquisa Genial/Quaest realizada após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostra um crescimento de 11 pontos percentuais no entendimento de que o ex-mandatário deve renunciar a uma possível candidatura e apoiar outro nome na corrida pelo Planalto em 2026. Pouco mais de três quartos da população têm esse entendimento (76%), segundo o levantamento de setembro (eram 65% em agosto). Já 19% acreditam que ele deve se manter na tentativa de disputar a presidência (eram 26%), e 5% não sabem ou não responderam (eram 9%).
O entendimento de que Bolsonaro deve apoiar outro candidato só não é majoritário entre bolsonaristas, grupo no qual 52% defendem que o ex-presidente permaneça como possível candidato, contra 46% que pensam o contrário.
A opinião de que Bolsonaro deve abrir mão da candidatura é apoiada por 89% dos lulistas, 91% dos que se dizem de esquerda, mas não lulistas, 79% dos que não têm posicionamento político, e 74% dos que se declaram de direita, mas não bolsonaristas.
Caso Bolsonaro não dispute a eleição presidencial, 15% dos entrevistados afirmam que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve concorrer (eram 10% em agosto). Em seguida, aparecem o governador Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, com 9%, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 5%. Também compõem a lista os governadores Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul, e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, além do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), todos com 3%.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem 2%. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) têm 1% cada. Outros 28% dos entrevistados disseram não querer nenhum destes nomes, e 11% não souberam ou não responderam.
O apoio a Tarcísio ocorre, sobretudo, no grupo que se autodeclara de direita, mas não se diz bolsonarista, no qual soma 34%. Já entre os bolsonaristas, o governador aparece com 23%.
Os pesquisadores realizaram 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%.
Percepção sobre o julgamento de Bolsonaro
Na semana passada, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF decidiu condenar o ex-presidente e outros sete aliados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
O levantamento também mostra que, após a realização do julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, 55% dos brasileiros afirmam que houve uma tentativa de golpe no país (eram 50% em agosto). Já 38% entendem o contrário, valor estável em relação ao levantamento anterior, e 7% não sabem ou não responderam (eram 12%).
Os dados também mostram que 54% da população avalia que Bolsonaro participou do plano golpista (eram 52%), enquanto 34% entendem que não (eram 36%) e 10% não sabem ou não responderam. Na análise de Nunes, os números indicam que o julgamento “acabou trazendo mais problemas do que soluções para o ex-presidente, mas “beneficiou a imagem do STF e do ministro Alexandre de Moraes.
Agora, a maioria (52%) da população é contra o impeachment do magistrado (eram 43% em agosto). Já os favoráveis à medida são 36% na pesquisa atual, contra 46% no mês passado. A maior variação ocorreu entre os que dizem não ter posicionamento político: os que são contra o impeachment passaram de 44% para 56% e os que se posicionam a favor recuaram de 40% para 27%.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.

Faça um comentário