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Amazonas: aumenta a participação dos serviços na receita bruta entre 2014 e 2023, aponta pesquisa do IBGE

O setor de serviços empregou o contingente recorde de 15,2 milhões de pessoas no Brasil em 2023.

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A participação da receita bruta de serviços no Amazonas cresceu de 38,8% para 39,4% entre 2014 e 2023. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (27/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com os dados mais recentes da radiografia anual que o órgão faz do setor.


O Sudeste, mais uma vez, liderou o ranking de participação na receita bruta do setor de serviços no Brasil. Em 2023, a região contribuiu com 64,4% da receita bruta de serviços, seguida pelo Sul (14,9%), Nordeste (10,1%), Centro-Oeste (7,9%) e Norte (2,7%). No intervalo de 10 anos, as Grandes Regiões apresentaram relativa estabilidade na composição da receita bruta de serviços, com aumentos de 0,5 ponto percentual (p.p.) no Sul, e de 0,4 p.p. no Centro-Oeste. Porém, houve diminuição na contribuição do Nordeste (-0,5 p.p.), Sudeste (-0,2 p.p.) e Norte (-0,1 p.p.).

Serviços de comunicação e informação, que em 2014 era o principal segmento em 11 unidades da federação, em 2023 não apareceu na liderança em nenhuma. Além disso, Serviços profissionais, administrativos e complementares foi o principal tipo de serviço prestado em 25 das 27 UFs. Nas demais prevaleceu o Transporte rodoviário, que contempla tanto o transporte de passageiros quanto o transporte de cargas.

A representatividade de Serviços de informação e comunicação na receita bruta diminuiu em todas as regiões: -10,4 p.p. no Centro-Oeste; -8,6 p.p. no Norte; -8,0 p.p. no Nordeste; -7,4 p.p. no Sul; e -3,0 p.p. no Sudeste. Em contrapartida, Serviços profissionais, administrativos e complementares foi a atividade com maior incremento em sua participação nas regiões Sul (aumento de 7,6 p.p.), Norte (6,0 p.p.) e Nordeste (4,6 p.p.). No Sudeste, a atividade com maior expansão foi Outras atividades de serviços (3,9 p.p.), enquanto no Centro-Oeste o Transporte rodoviário (7,3 p.p.) se destacou.

Todas as regiões do país aumentaram seus respectivos quantitativos de pessoal ocupado. O Sudeste figurou em primeiro lugar no ranking, com 8,6 milhões de pessoas ocupadas, alta de 13,5% (ou 1,0 milhão de pessoas) nos últimos 10 anos. Na sequência vieram Sul, onde havia 2,6 milhões de pessoas trabalhando no setor de serviços (crescimento de 530,4 mil pessoas ou 25,4%), Nordeste, com 2,3 milhões de pessoas (alta de 391,2 mil ou 20,2%), Centro-Oeste, com 1,2 milhão de pessoas (alta de 219,9 mil ou 21,7%), e Norte, com 459,8 mil (alta de 74,8 mil ou 19,4%) trabalhadores.

Brasil

O setor de serviços empregou o contingente recorde de 15,2 milhões de pessoas em 2023. Esse número de trabalhadores representa alta de 7,1% em relação aos 14,2 milhões do ano anterior. Já em relação a 2019, que delimita o período pré-pandemia de covid-19 ─ antes de a economia ser severamente atingida por medidas de restrição sanitária e isolamento ─ o crescimento na ocupação foi de 18,3%, o que representa mais 2,4 milhões de trabalhadores no setor.

O levantamento aponta que, das 34 atividades observadas, cinco concentravam 47% dos postos de trabalho gerados, com destaque para serviços de alimentação, com 1,8 milhão de empregos:

Serviços de alimentação (11,74% dos empregos)

Serviços técnico-profissionais (11,24%)

Serviços para edifícios e atividades paisagísticas (8,11%)

Serviços de escritórios a apoio administrativo (7,78%)

Transporte de cargas (8,20%)

Salários

Em 2023, o setor de serviços reunia 1,7 milhão de empresas. Ao todo, essas firmas pagaram R$ 592,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Isso equivale a 2,3 salários mínimos (s.m.) mensais por funcionário, em média.

Dos sete grandes segmentos pesquisados pelo IBGE, três tiveram remuneração acima da média, com destaque para serviços de informação e comunicação:

Serviços de informação e comunicação (4,7 s.m.)

Outras atividades de serviços (3,6 s.m.)

Transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,8 s.m.)

Ao observar os dados por unidades da federação, os pesquisadores apontam que os salários médios mais altos foram pagos em São Paulo (2,8 s.m.), no Rio de Janeiro (2,5 s.m.) e Distrito Federal (2,4 s.m.). Já as remunerações mais baixas foram no Acre, em Roraima e no Piauí, todas com 1,4 salário mínimo.

Receitas

Em 2023, as empresas pesquisadas pelo IBGE tiveram receita bruta de R$ 3,4 trilhões. O estado de São Paulo respondeu por 45% desse montante, seguido por Rio de Janeiro (10%), Minas Gerais (7,8%), Paraná (5,5%) e Rio Grande do Sul (4,7%).

De 2022 para 2023, houve troca no posto de segmento com maior participação na receita líquida (receita bruta descontada impostos e outros abatimentos). O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares passou a ocupar o topo, com 29,2% de participação, deixando para trás o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (28,1%).

Mês a mês, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), com o desempenho do setor no ano corrente, mas sem informações sobre nível de emprego e remuneração média.

No primeiro semestre de 2025, de acordo com a PMS, o setor apresentou expansão de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024.


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