Brasil
Região Norte registrou 73% de negociações salariais acima do INPC em 2025, aponta Dieese
O Sudeste se destaca com o maior percentual de negociações com resultados acima da variação do INPC (82,6%).

No quadro regional, considerando as negociações de 2025, o Norte registrou 73% de negociações salariais acima da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), perdendo apenas para o Centro-Oeste, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O Sudeste se destaca com o maior percentual de negociações com resultados acima da variação do INPC (82,6%); e o Sul, pela menor presença de reajustes abaixo desse índice (5,4%).Examinando o total de negociações nos últimos 12 meses, o Sul se destaca em ambos os critérios: 83,7% de casos de reajustes acima da inflação e apenas 3,5% de casos de resultados abaixo desta. Em relação às variações reais médias, o destaque fica com o Sudeste, embora em valores menores em relação ao levantamento anterior: 1,31% em 2025 e 1,15% no período de 12 meses.
Na média nacional, os reajustes salariais abaixo da inflação subiram para 20,1% do total nas negociações coletivas de maio, após marcarem 18,2% no levantamento anterior, relativo à data-base de abril. A última vez em que o porcentual de reajustes inferiores à inflação ficou próximo a 20% foi em setembro de 2022, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A referência é a inflação medida INPC. Na comparação dos acordos de maio, 815 registrados, com os de abril (314), houve uma queda, de 20,1% para 12%, no porcentual de reajustes iguais à variação do índice Por outro lado, os acordos que resultaram em ganhos reais – ou seja, reajustes acima da inflação – ainda são maioria e subiram de 61,8% para 67,9%.
Segundo o Dieese, o desempenho das negociações de maio pode ser reflexo do aumento da inflação, que chegou em 5,32% na data-base.
Para as categorias com data-base em junho, o reajuste necessário será menor, de 5,20%, igual ao observado em abril.
Na média, as negociações de maio terminaram com reajustes acima da inflação de 0,78%, um pouco acima das duas datas-bases anteriores: 0,74 em março; 0,73% em abril.
Quando se considera o período de 12 meses até maio – ou seja, desde junho do ano passado -, o porcentual de acordos coletivos com ganhos reais é de 79,4%, enquanto os reajustes iguais à inflação somam 14,4% do total e os inferiores ao índice inflacionário correspondem a 6,2%.
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