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Amazonas

Após mais de 1,7 mil mortos e colapso na saúde, Wilson Lima faz avaliação positiva do governo na pandemia

O Estado virou notícia internacional com pessoas morrendo nos hospitais por falta de atendimento causado pelo colapso no setor de saúde que provocou a sepultamentos de pessoas em valas comuns, em Manaus.

Com 1.781 mortes no Estado por Covid-19, incluindo casos de dezenas de pessoas que não conseguiram sequer uma vaga em unidades de saúde e outras que conseguiram mas não foram atendidas devidamente por falta de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e respiradores pulmonares, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) fez avaliação positiva das ações do governo na pandemia.

“O fato da gente ter tido uma queda nos números é uma prova inequívoca da parceria que nós fizemos com todos os entes, federal, municipal, com a iniciativa privada e com a sociedade, e das atitudes e ações que nós tomamos para que pudéssemos chegar a esse ponto de diminuição de casos”, disse o governador ao site BNC, nesta terça-feira.

Ao lado do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, Wilson Lima participou da solenidade da abertura de uma ala do Hospital de Combate à Covid-19, na Nilton Lins, para indígenas. No Amazonas, que tem 62% dos povos indígenas aldeados do país, há 452 casos confirmados de Covid-19 entre índios e 26 mortes. A ala indígena do Hospital de Combate à Covid-19 tem 33 leitos clínicos e 20 de alta complexidade. Para abrir os leitos, o Governo Federal enviou 20 respiradores para o Hospital de Combate, administrado pelo Estado.

O governador afirmou que o Amazonas já superou o momento mais difícil da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). E anunciou a reabertura gradual programada para as atividades de comércio em Manaus, a partir do dia 1º de junho. “Graças a Deus, pelo que a gente tem percebido, o Amazonas já superou ou tem superado seu momento mais difícil”, disse Wilson Lima.

Nesta terça-feira, ele foi obrigado a mudar, mais uma vezes, gestores do alto comando da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). Tirou Italo Cortez e colocou Thales Schincaril no cargo de secretário executivo da capital. Já havia trocado duas vezes o secretário de Saúde. O primeiro foi o seu vice-governador, Carlos  de Almeida Filho, ainda no ano passado. Depois, tirou Rodrigo Tobias e nomeou Simone Papaiz, em meio a um escândalo na compra de ventiladores pulmonares, considerada superfaturada em denúncia do Ministério Público de Contas. A

“Com relação a reabertura gradual do comércio, que nós vamos implementar a partir de 1º e junho, isso vai valer só para capital. Com relação ao interior, os prefeitos vão definir quando isso é mais oportuno a ser feito, de acordo com a realidade de cada região e cidade, levando em consideração a dinâmica social e os casos de contaminação”, finalizou.

Ao longo de dois meses da epidemia, o Amazonas já registrou mais de 30 mil casos de Covid-19. Até segunda-feira, havia 503 pacientes internados, sendo 320 em leitos clínicos e 183 em UTI. E outros 558 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico, sendo 150 em UTI.

No mês passado, o Amazonas teve, proporcionalmente, os piores números do Brasil de casos e mortes em razão do novo coronavírus. Os dados do estado foram cerca de três vezes mais altos que a incidência por milhão registrada na média do país.

O reflexo dos dados apareceu na quantidade de enterros, que triplicou em Manaus. O sistema de saúde do estado entrou em colapso e a capacidade de análise de testes no Amazonas também deram outras sinalizações do caos. A Assembleia Legislativa chegou a pedir  intervenção federal no estado em razão da pandemia.

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