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Primeiro jesuíta a virar papa, Francisco falou em quatro sonhos para a Amazônia; veja quais

O pontificado do papa Francisco teve um olhar especial para as questões climáticas.

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O pontificado do papa Francisco teve um olhar especial para as questões climáticas. Em um documento oficial de 2020, intitulado “Querida Amazônia”, o primeiro jesuíta a virar papa na história da Igreja Católica falou dos “sonhos” que tinha para a região e da importância amazônica para o mundo.

Eis os sonhos que Francisco descreveu no documento:

“Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja ouvida e sua dignidade promovida.”

“Sonho com uma Amazônia que preserve a riqueza cultural que a caracteriza e na qual brilha de maneira tão variada a beleza humana.”

“Sonho com uma Amazônia que guarde zelosamente a sedutora beleza natural que a adorna, a vida transbordante que enche os seus rios e as suas florestas.”

“Sonho com comunidades cristãs capazes de se devotar e encarnar de tal modo na Amazônia, que deem à Igreja rostos novos com traços amazônicos.”

Datado de 2 de fevereiro de 2020, o documento é uma exortação papal depois do Sínodo da Amazônia, realizado no ano anterior, com bispos de todos os países que compõem a região amazônica.

Na exortação, Francisco defendeu os povos indígenas, a sustentabilidade, a proteção ambiental e o respeito às tradições e cultura dos indígenas no processo de evangelização.

“Enquanto lutamos por eles e com eles, somos chamados a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles”, escreveu Francisco.

A noção da proteção do planeta está longe de ser nova na Igreja: foi introduzida por São Francisco de Assis, inspirador do papa argentino, há mais de 800 anos. Pouco a pouco, o tema ganhou importância após a doutrina social da Igreja, no fim do século 19. Com a publicação de Fides e Ratio (“Fé e Razão”), em 1998, João Paulo II pedia que a fé fosse amparada pela ciência, e vice-versa.

Mas foi sob Francisco que a temática ganhou uma nova dimensão, como quando anunciou a realização do Sínodo para a Amazônia e viajou, pela primeira vez na história da Igreja, para o coração da floresta. Em Puerto Maldonato, no Peru, escutou os “guardiões da floresta”.

Em 2017, quatro anos após o início do seu pontificado, Francisco impressionou fiéis do mundo inteiro ao convocar, pela primeira vez, um sínodo dedicado à Amazônia. O encontro aconteceu em Roma dois anos depois e reuniu representantes de todos os países da Amazônia Legal, incluindo bispos, padres e religiosos da Amazônia brasileira.


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