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Amazonas

Chuvas aliviam efeitos da seca no rio Negro, mas estiagem segue intensa, mostra SGB

Estimativa do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indica que a cota do rio na altura de Manaus (AM) chegou a 12,25 metros na 5ª feira (17/10), acima do nível mínimo recorde

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O nível do rio Negro registrou uma ligeira melhora na última semana. Estimativa do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indica que a cota do rio na altura de Manaus (AM) chegou a 12,25 metros na 5ª feira (17/10), acima do nível mínimo recorde de 12,11 metros registrado em 9 de outubro. A subida interrompe uma trajetória de quedas sucessivas observadas nos últimos meses.

A melhora acontece por conta da chegada das primeiras chuvas da temporada na região amazônica. No entanto, o cenário ainda preocupa. Mesmo com a melhora no nível do rio, a recuperação deverá ser lenta em toda a Amazônia, já que as chuvas de outubro continuam abaixo da média histórica para o período.

De acordo com o último boletim de alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas, do dia 21/10, divulgado pelo SGB, o rio Negro continuava descendo nas estações de São Gabriel da Cachoeira, e Barcelos ao longo da última semana. Em Manaus, o Negro está em fase de estabilidade da vazante, apresentando pequenas subidas diárias, contudo os níveis continuam muito baixos para o período.

O rio Solimões estava em fase de estabilidade do processo de vazante, registrando
elevações diárias de 9 cm em Tabatinga, 2 cm em Fonte Boa e 4 cm em Itapéua. Em Manacapuru, o rio Solimões registrou nos últimos dias, subidas maiores, mas os níveis ainda são muito baixos para a época.

Em Beruri, o rio Purus também está em fase de estabilidade da vazante, apresentando
pequenas elevações diárias. Em Rio Branco, o rio Acre voltou a descer nos últimos dias, uma média diária de 13 cm.

O rio Madeira apresentava oscilações em Porto Velho, onde os níveis são muitos baixos para a época. Em Humaitá, o rio Madeira está em fase de estabilidade, registrando subidas em pequena ordem nos últimos dias.

O rio Amazonas também estava em fase de estabilidade, registrando subidas de 4 cm e
Itacoatiara, 2 em Parintins e 7 cm em Óbidos, mas os níveis são considerados baixos para a época.

“A estação chuvosa vem acontecendo de uma forma com semanas com um pouco mais de chuvas, e outras semanas, com menos chuva. Essa forma intermitente da chuva faz com que o nível do rio, no final do período da seca, ainda se eleve de forma modesta, com pequenas subidas e possibilidade de estabilização”, explicou Marcus Suassuna, pesquisador do SGB, à Agência Brasil.

Já no Pará, o rio Tapajós segue em patamares históricos mínimos. No último dia 13, ele registrou seu pior índice da série histórica, com medição de -16 centímetros. Segundo a Defesa Civil de Santarém, a seca do Tapajós deixou pelo menos 9 mil famílias isoladas, sem acesso a serviços básicos ou abastecimento de alimentos e água potável.


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