Amazonas
Qualidade do ar em Manaus na manha desta segunda-feira era a pior do Brasil, aponta Índice Mundial de Qualidade do Ar. aqicn.org
A qualidade do ar em Manaus amanheceu muito ruim pelo terceiro dia seguido em Manaus nesta segunda-feira (12/08), de acordo com o com Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (AppSelva), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA),
O projeto do Índice Mundial de Qualidade do Ar. aqicn.org, que aponta a qualidade do ar em várias regiões da Terra, mostrava, na manhã desta segunda-feira, que a região metropolitanda de Manaus tinha a pior qualidade de ar do Brasil, por volta das 7h.
A qualidade do ar em Manaus amanheceu muito ruim pelo terceiro dia seguido em Manaus nesta segunda-feira (12/08), de acordo com o com Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (AppSelva), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que estabeleceu pontos de monitoramento na cidade e em municípios do interior do Amazonas. Desde sábado (10/08), a capital amazonense registra o mesmo problema na maioria das zonas da cidade.
Ontem, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) informou que a causa da nuvem de fumaça na cidade é causada, principalmente, pelas queimadas que acontecem no Sul do Amazonas. A Defesa Civil informou que uma frente fria chegou ao sul do estado e mudou a rota dos ventos, levando a fumaça das queimadas para a região metropolitana.
Uma análise recente sobre a qualidade do ar em várias cidades brasileiras, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, revelou níveis alarmantes de material particulado fino (MP2,5). As medições mostram concentrações muito acima das diretrizes recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), levantando sérias preocupações para a saúde pública.
Os dados coletados no último dia 11 apontam para uma situação crítica em diversas cidades. Em Humaitá, no Amazonas, o nível de MP2,5 atingiu impressionantes 263.1 µg/m³. Em Porto Velho, Rondônia, a concentração foi de 82.6 µg/m³, enquanto Cacoal, na mesma região, registrou 35.8 µg/m³. Em Santo Antônio do Leverger, em Cuiabá, Mato Grosso, o nível foi de 37.6 µg/m³.
A má qualidade do ar, especialmente com altos níveis de MP2,5, pode ter graves repercussões na saúde humana. O material particulado fino é capaz de penetrar profundamente nos pulmões e entrar na corrente sanguínea, podendo causar doenças respiratórias e cardiovasculares, bem como câncer de pulmão e impactos no desenvolvimento infantil. A OMS estabelece que o limite de segurança para o MP2,5 é de 15 µg/m³ em um período de 24 horas e 5 µg/m³ para o período anual.
Comparando os dados com as diretrizes da OMS, Humaitá apresentou um nível de MP2,5 aproximadamente 17.5 vezes maior que o limite recomendado para um período de 24 horas. Porto Velho também estava em situação crítica, com uma concentração cerca de 5.5 vezes acima do limite. Cacoal e Santo Antônio do Leverger não ficam muito atrás, com níveis 2.4 e 2.5 vezes superiores ao limite, respectivamente.
Medidas
Diante dessa situação alarmante, é imprescindível que medidas sejam tomadas urgentemente para controlar as fontes de poluição. Algumas ações cruciais incluem:
– Redução das emissões de veículos: Incentivar o uso de transportes públicos e alternativas sustentáveis pode diminuir significativamente a poluição.
– Controle de queimadas: Implementar políticas rígidas e penalidades para combater as queimadas ilegais.
– Monitoramento contínuo da qualidade do ar: Instituir estações de medição em regiões críticas e garantir transparência nos dados.
Além dessas ações, é essencial que a população seja informada e orientada sobre os riscos e medidas de proteção, como evitar atividades ao ar livre durante períodos de alta poluição e utilizar máscaras adequadas quando necessário.
Cuidados
Para se proteger dos efeitos nocivos do material particulado fino, a população pode adotar algumas medidas práticas:
1. Evitar exercícios ao ar livre em dias de alta poluição.
2. Manter as janelas fechadas durante os picos de poluição.
3. Utilizar purificadores de ar em ambientes internos.
4. Usar máscaras adequadas para filtrar partículas finas.
Os níveis de MP2,5 nas cidades do Norte e Centro-Oeste do Brasil estão muito acima dos limites seguros, configurando-se como um risco considerável para a saúde pública. Medidas imediatas são necessárias para mitigar esses efeitos e melhorar a qualidade do ar na região.
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