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Amazonas

Técnico, do JC do Amazonas, é preso acusado de injúria racial contra jogadora do Bahia

Caso aconteceu durante jogo de comemoração de acesso do time de Salvador à elite do futebol feminino

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Hugo Duarte, técnico do JC, do Amazonas, foi autuado em flagrante, na noite de segunda-feira, 8, acusado de injúria racial contra a zagueira Suelen, do Bahia, ao término da partida disputada pela Série A2 do Campeonato Brasileiro feminino, no estádio de Pituaçu. As informações são do Terra.

Segundo comunicado da Polícia Civil da Bahia, a vítima acusa o homem de ter a chamado de “macaca” durante confusão ao fim do jogo que resultou no acesso do time baiano à primeira divisão.

Ele foi conduzido para a Central de Flagrantes por uma equipe do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE) e está à disposição da Justiça.

Por meio das redes sociais, Suelen lamentou e relatou o ocorrido: “A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato de denúncia é a arma que tenho para combater o racista”.

Em nota publicada nas redes sociais, o Bahia prestou apoio à atleta e reforçou que a zagueira compareceu à delegacia acompanhada de Vitor Ferraz, Diretor de Operações e Relações Institucionais, e de outras jogadoras, que testemunharam a discriminação.

“O Esporte Clube Bahia SAF manifesta toda solidariedade a Suelen ao tempo em que cobra resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação”, informou o clube.

Também pelas redes sociais, o JC comunicou que está trabalhando para averiguar as informações do caso e afirmou ser “contra qualquer tipo de preconceito”.

Comunicado Suelen

“A Constituição Brasileira delineia o direito de ser tratado como igual perante os demais membros da sociedade, sem discrição de etnia e raça. Entretanto, lamentavelmente, ontem, na partida que garantiu o tão esperado acesso para a elite do futebol brasileiro, fui submetida ao ato de racismo praticado pelo criminoso treinador do time adversário, pois utilizou de mecanismo de opressão para inferiorizar minha negritude.

A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato de denúncia é a arma que tenho para combater o racista.

Agradeço às minhas companheiras, família e ao Bahia por todo o suporte e acolhimento”.

Posicionamento Bahia

“O que deveria ser uma noite apenas de comemoração pelo acesso das Mulheres de Aço à elite do futebol brasileiro acabou manchada por episódio lamentável no estádio de Pituaçu.

Ao final da partida, a zagueira tricolor Suelen foi alvo de ofensa racial praticada pelo treinador da equipe adversária no gramado.

Acionada, a Polícia Militar conduziu o acusado à Central de Flagrantes da 1ª Delegacia para realização de boletim de ocorrência.

O Diretor de Operações e Relações Institucionais, Vitor Ferraz, acompanha a atleta juntamente com advogado criminalista que assessora o clube, além de outras jogadoras e funcionários que se apresentaram como testemunhas.

O Esporte Clube Bahia SAF manifesta toda solidariedade a Suelen ao tempo em que cobra resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação”.

Posicionamento JC

“O JC Futebol Clube Am, repudia qualquer ato de racismo ou injúria Racial contra qualquer pessoa. Nesta segunda-feira, o clube estava em jogo contra o Bahia Esporte pelo Campeonato Brasileiro Feminino, e nessa competição houve um ocorrido envolvendo o treinador do JC e uma atleta do clube Bahia, onde ambos foram ouvidos.

O clube, juntamente com seu jurídico, está averiguando todas informações necessárias dos acontecimentos presenciados para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja informações infames ou caluniosas que prejudiquem quaisquer que sejam os envolvidos. No mais, ratificamos que este clube é contra qualquer tipo de preconceito”.

 


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